Saúde
O que é autismo nível 1?
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Embora seja considerado o “grau mais leve” do Transtorno do Espectro Autista (TEA), ainda exige apoio dos familiares e profissionais. Entenda!
Você sabia que as crianças autistas podem apresentar diferentes níveis de comprometimento? Justamente por isso que é utilizado o termo “espectro” para definir a condição. No âmbito científico, o substantivo significa uma representação de amplitudes e intensidades diversas. Para entender melhor, imagine um degradê, que vai de cores muito escuras, em que se encontram os casos mais graves, até os tons mais claros. Então, algumas pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) podem realizar todas as atividades do dia a dia e outras nem sempre.
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Para conduzir o tratamento e recomendar as terapias mais adequadas, o transtorno é classificado a partir de três níveis de intensidade, segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5 (referência mundial de critérios para diagnósticos). O chamado “nível 1 de suporte” é considerado o mais leve do espectro, mas ainda exige apoio dos familiares e profissionais.
Em geral, as crianças apresentam sintomas como dificuldades em situações sociais e na linguagem, comportamentos repetitivos e restritivos, ou comportamentos em excesso, como cumprimentar ou falar com pessoas desconhecidas na rua. Além disso, o contato visual não consistente e resistêcia na flexibilização de regras, preferindo a manutenção de padrões, são outros sinais.
No entanto, as manifestações do autismo nível 1 podem variar, o que, muitas vezes, dificulta o diagnóstico correto da condição. Embora seja um “grau mais leve”, a criança ainda vai precisar de algumas intervenções, que são determinadas pelo médico especialista dependendo de cada caso. Por isso, mediante qualquer desconfiança sobre o desenvolvimento do seu filho, procure uma avaliação profissional.
“Quanto mais precoce começar as intervenções, melhor o prognóstico. É importante procurar as terapias adequadas o quanto antes, porque o sistema nervoso poderá responder aos estímulos rapidamente”, explica o neurologista infantil Antônio Carlos de Faria, do Hospital Pequeno Príncipe (PR). Vale destacar que o TEA não é uma doença, é uma série de condições que prejudicam áreas do desenvolvimento neurológico e a capacidade de interação social, comunicação e comportamento da criança, como lembra o neuropediatra Anderson Nitsche, do Hospital Pequeno Príncipe, de Curitiba (PR).
REVISTA CRESCER