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“Destruíram meu trabalho, minha carreira, meu sonho… tudo”; diz mulher que foi internada para retirar mioma e teve o braço amputado
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“Destruíram meu trabalho, minha carreira, meu sonho… tudo”. Foi dessa forma que a trancista e passista da Acadêmicos do Grande Rio, Alessandra dos Santos Silva, de 35 anos, expressou o que sente após ter um dos braços amputados quando somente havia se internado para retirar miomas do útero.
Segundo informações do portal G1, Alessandra deu entrada no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti (RJ), no último dia 30 de janeiro a fim de passar por uma cirurgia para remover miomas. Após a realização do procedimento, a paciente apresentou uma hemorragia, e os médicos comunicaram à família que precisariam retirar o útero por completo, prejudicando, assim, o sonho de Alessandra, que está noiva, de ser mãe.
Mas as complicações não pararam por aí: a passista precisou ser intubada após a remoção do órgão, e seus dedos esquerdos da mão começaram a escurecer. No dia 6 de fevereiro, ela foi transferida para o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Iecac), em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, onde constatou-se que seu braço estava necrosado e que seria necessário amputá-lo para que a paciente não perdesse a vida.
Além disso, Alessandra ainda apresentava risco de infecção generalizada, com um rim e o fígado quase parando de funcionar.
– Ou era a vida de Alessandra, ou era o braço. Ela subiu com os médicos apavorados para salvá-la, ou não ia sair dali viva. Chamaram a gente no canto: “Queríamos que vocês olhassem a mão dela. Ou tirava, ou ela ia morrer” – contou a mãe da paciente, Ana Maria.
Diante do quadro difícil, a amputação foi autorizada pela família e realizada no dia 10 de fevereiro. Alessandra recebeu alta médica definitiva no dia 4 de abril, e atualmente se prepara para processar o Estado e o Hospital da Mulher Heloneida Studart.
– Já fizemos um requerimento nos hospitais para pegar os prontuários. A partir desse documento, a gente vai entrar com uma ação contra o Estado. Eu quero que os responsáveis paguem, que o hospital se responsabilize, porque eles conseguiram acabar com a minha vida. Destruíram meu trabalho, minha carreira, meu sonho… tudo – declarou Alessandra.
A Secretaria Estadual de Saúde afirmou que abrirá uma sindicância a fim de investigar o caso, que foi registrado na 64ª DP (São João de Meriti).
G1