Agricultura
Em plena colheita no Sul do Brasil, arroz requer atenção com o teor de umidade
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Mais de 90% de todo o arroz produzido no Brasil se concentra no Sul, em especial no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que têm em sua totalidade a produção por irrigação. O restante é proveniente do cultivo de arroz de sequeiro. Até o início desta semana, cerca de 25% da área total havia sido colhida, de acordo com levantamento do Instituto Rio Grandense do Arroz.
É preciso destacar que a colheita do arroz requer alguns cuidados especiais. O teor de umidade do grão, ideal para realizar a colheita, é de 18% e 23%, independentemente do método utilizado (manual ou mecânico). Entretanto, se o objetivo for a armazenagem do grão, essa faixa de umidade é muito alta e o recomendado é que seja feita a secagem artificial até chegar entre 12% e 13% de umidade.
Uma das recomendações dos especialistas é que a colheita do arroz seja feita em dias secos e ensolarados para ir a umidade e prevenir a germinação do grão. Além disso, é importante evitar colher o arroz em dias muito quentes, pois isso pode levar a uma perda de qualidade do grão.
Para garantir a qualidade do arroz, é importante colher de forma uniforme. Se os grãos forem colhidos acima da faixa ideal de umidade, ocorre maior presença de grãos imaturos e mal formados, aumentando o índice de quebra durante o beneficiamento. Já, se o arroz for colhido com umidade abaixo da faixa ideal, especialmente se for menor de 15%, pode ocorrer maior incidência de perdas pelo desprendimento natural dos grãos e dano mecânico na colheita, o que diminui sua qualidade e a rentabilidade do produtor.
Após a colheita, os grãos de arroz devem ser limpos e selecionados para remover quaisquer impurezas ou grãos defeituosos. Isso pode ser feito usando equipamentos de limpeza e verificação específica.
O engenheiro agrônomo Roney Smolareck, da Loc Solution, empresa detentora da marca Motomco de medidores de umidade, observa que a medição da umidade do arroz é fundamental para garantir sua qualidade e durabilidade,“pois a umidade excessiva pode levar ao crescimento de fungos e bactérias, além de afetar o sabor e a textura do produto final”.
Além da classificação comercial e operações de secagem, o medidor de umidade é utilizado nos processos de parboilização e descascamento do arroz. A parboilização é essencialmente um processo hidrotérmico, no qual o arroz em casca é imerso em água potável a uma dada temperatura para realizar a gelatinização total ou parcial do amido presente nele.
Já o descascamento é realizado em máquinas providas de dois roletes de borracha, que giram em sentidos opostos, em velocidades diferentes, retirando o grão de arroz do interior da casca por um movimento de torção. “Nessa operação, deve-se tomar maior cuidado com o teor de umidade dos grãos para evitar sua quebra”, complementa Smolareck.
A gerente de atendimento ao cliente da Loc Solution, Fernanda Rodrigues da Silva, ressalta que o medidor de umidade estabelece medições seguras e precisas para as transações comerciais do arroz e de grãos como a soja, milho, feijão e café.
“A comercialização dos grãos deve ser sempre feita com o uso de equipamentos homologados e que obedeçam a portaria do Inmetro. Eles fornecem uma porcentagem de umidade muito mais confiável e dentro dos índices oficiais”
Tecnologias como o equipamento 999ESI da Motomco, totalmente automático e com comunicação serial aprovada pelo Inmetro, vêm fortalecer ainda mais os valores de confiabilidade e transparência entre produtores e cooperativas, armazéns, tradings entre outras empresas compradoras de grãos.
Fonte: VBcomunicacão
https://www.portaldoagronegocio.com.br