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Após jovem ser achado morto, familiares de estudantes desaparecidas dizem esperar o pior: ‘desesperados’


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Os familiares das estudantes e amigasIsabele Silva Lima, de 13 anos, e Amanda Gomes de Souza, de 14, se reuniram na manhã desta quarta-feira (8) em frente à Divisão de Investigação Criminal (DIC) para pedir agilidade à polícia.

As adolescentes e Vitor Vieira de Lima, de 18 anos, saíram no domingo (5) para a Expoacre e não retornaram. O corpo do rapaz foi encontrado em estado de decomposição dentro de um poço, no bairro Taquari, região onde os três moram. Lima tinha várias perfurações pelo corpo e estava com as mãos amarradas.

“Estamos à procura de ajuda. A polícia não fez nada ainda, estamos aqui com o coração partido. Já acharam um dos rapazes que estavam com elas morto dentro de um poço e cada dia a gente fica mais aflito. Até o momento não temos nenhuma resposta”, falou a prima de Isabele, Ana Mara.

Vitor Lima foi achado morto ainda na tarde de terça-feira (7) em Rio Branco (Foto: Arquivo pessoal )

Vitor Lima foi achado morto ainda na tarde de terça-feira (7) em Rio Branco (Foto: Arquivo pessoal )

Ainda segundo Ana, a família tem recebido diversas informações falando sobre possíveis paradeiros de Isabele.

“Os telefones estão desligados. Algumas pessoas ligam para a gente dizendo que a viram no Taquari, outros dizem que viram na Cidade do Povo. Ligamos para alguns colegas dela, e até agora nada. Até onde sei, a Isabele não é de ficar na rua, não saía muito, é tranquila”, lamentou.

A irmã de Amanda, Beatriz Gomes, falou que os familiares se reuniram para fazer buscas no local onde o corpo do rapaz foi encontrado. “Entramos em desespero, mas a família ainda tem esperança de encontrar ela. Tentamos várias vezes pelo telefone só dá desligado. Estamos fazendo um mutirão no local onde o Vitor foi encontrado para tentar achar algo”, contou.

Áudio

Ainda segundo Ana Mara, a família de Isabele recebeu um áudio de um rapaz falando que viu a adolescente. Os parentes chamaram esse rapaz para depor na delegacia, mas ele não quis.

“Falou a roupa toda que ela estava, que estava com um tênis e uma capa. Não quis vir aqui, estamos com o áudio do rapaz. Não sabemos quem é [namorado dela]. Não temos nenhuma noção do que pode ter acontecido, nossa esperança é encontrá-la viva. Estamos com o coração partido por conta que já acharam o Vitor nessa situação. Pensamos no pior”, complementou.

Investigação

O coordenador da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Rêmulo Diniz, disse que passou a investigar o caso do desaparecimento apenas nesta quarta (8). As investigações estavam com a delegacia da 2ª Regional.

“Estamos com as famílias, tantos das desaparecidas como do rapaz, sendo ouvidas para buscar mais esclarecimentos. Tudo começou há pouco tempo para a DHPP, pois estamos avaliando o que a 2ª Regional já apurou. O que temos de concreto é que o rapaz foi encontrado com as mãos amarradas e agora buscamos pelo paradeiro das moças”, argumentou.

Diniz falou também que intimou algumas testemunhas e familiares para saber mais do caso. “Vamos buscar todas as informações, diligenciar pela área e também se há informações se elas foram vistas por outros locais. Pessoas estão sendo intimadas e trazidas para a delegacia para a gente descobrir o paradeiro das duas moças”, concluiu.

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