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O que é um mioma uterino?


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Também chamado de fibroma ou leiomioma uterino, o mioma uterino é uma espécie de tumor benigno formado a partir do miométrio, um músculo do útero. É um aglomerado de células que tem a capacidade de se desenvolver para dentro ou para fora do órgão, podendo ainda alterar o formato deste.

 

Embora seja um tumor, ele raramente se transforma em câncer. Aparece na idade fértil da mulher, não tendo registro de ocorrências antes da primeira menstruação ou após a menopausa. Geralmente surge entre os 40 e 50 anos, podendo passar despercebido para algumas, que não relatam sintoma algum.

 

Neste artigo, separamos as principais informações para que você entenda melhor o que é um mioma uterino, quais os seus tipos, sintomas, causas, tratamento e que médico consultar nessa situação.

 

O que é um mioma uterino?

Formado a partir da mutação de uma célula, esse tumor pode ser de vários tipos e variar bastante de tamanho. Apesar de, na grande maioria dos casos, não ser um fator de muita preocupação, é importante ter o acompanhamento de um médico, pois ele determinará como proceder em cada caso específico.

 

Quais os tipos de mioma uterino?

O tipo do mioma é classificado de acordo com a sua localização. Confira a seguir as características de cada um deles!

 

Mioma subseroso

Aparece na camada externa do útero, abaixo da parede serosa. Sendo assim, cresce para fora e pode pressionar outros órgãos, como bexiga e intestino, podendo dar a sensação de outras doenças, como infecção urinária.

 

Mioma pediculado

Pode aparecer do lado de dentro ou de fora do órgão. Fica conectado à parede uterina por meio de um cordão fino chamado pedículo. Quando surge no lado de dentro, é chamado também de intracavitário.

 

Mioma submucoso

Localiza-se na parte interna do órgão, logo abaixo do endométrio. Como é nessa região que o embrião se fixa, ele é bastante relacionado à infertilidade, por impedir que essa fixação aconteça.

 

Mioma intramural

Surge dentro da parede do útero. Muitas vezes não traz consequências, a menos que seja de um tamanho maior que 5 centímetros. Nesse caso, pode dificultar uma gravidez ou causar cólicas.

 

Mioma intraligamentar

Fica localizado entre os ligamentos com ovários, útero e trompas. Esse tipo de mioma pode bloquear o caminho entre os óvulos, dificultando uma gravidez.

Mioma em parturição

Pode acontecer de um mioma pediculado entrar no canal cervical. Quando isso acontece, o relato é de dor intensa, como de um parto. A depender do tamanho, pode ainda causar a dilatação do colo do útero.

 

Mioma no colo do útero

Aparece no colo do útero e pode ocasionar muita dor durante as relações sexuais. Em alguns casos, entra em parturição.

 

Quais são os sintomas?

A manifestação dos miomas varia de acordo com uma série de fatores, como localização, tamanho etc. Por essa razão, é possível que algumas mulheres não apresentem sintomas, o que reforça ainda mais a necessidade de fazer consultas periódicas. Por outro lado, há casos que os sinais aparecem e é preciso estar atenta. Confira abaixo alguns dos sintomas mais comuns!

 

Alteração do ciclo menstrual

Um mioma uterino pode provocar mudanças no ciclo menstrual, o que é notado especialmente pelas mulheres de menstruação regular. A tendência é que o período se torne mais longo — com sete ou mais dias — ou mais abundante.

 

Sangramentos

Focos de sangramentos atípicos, tanto fora como dentro do ciclo, também costumam acontecer. Algumas vezes, esse sangue apresenta coágulos.

 

Infertilidade

Dependendo do tipo e da localização do mioma, a paciente enfrenta dificuldades para engravidar, visto que tumor pode dificultar a fixação do embrião no útero ou até mesmo a fertilização do óvulo pelo espermatozoide.

Cólicas e dores

As cólicas são outra consequência do mioma uterino. Além disso, devido à pressão aos outros órgãos, dores pélvicas ou nas costas também podem ocorrer. No caso do mioma em parturição, a sensação é similar à dor de um parto.

 

Dores durante a relação sexual

Sentir dores durante a penetração é um sinal de mioma, especialmente em parturição. Isso acontece porque o impacto do pênis com o colo do útero provoca reflexos, os quais podem ser extremamente dolorosos.

 

Sintomas urinários e intestinais

Quando o mioma pressiona a bexiga, a vontade de ir ao banheiro fica mais frequente ou, ainda, há a possibilidade de ocorrer uma dificuldade de esvaziar o órgão. Quanto aos sintomas intestinais, a pressão provocada pelo mioma nesse órgão chega a gerar prisão de ventre.

 

Volume abdominal

No caso do mioma ser grande, ele pode provocar distorções ou ampliar o tamanho do útero, o que consequentemente causa inchaço abdominal e dá uma aparência de aumento de volume do abdômen.

 

O que causa um mioma uterino e quais são os fatores de risco?

Por ele aparecer na idade fértil, sabe-se que está relacionado aos hormônios, como progesterona e estrogênio. Como os níveis desses hormônios ficam bem altos na gravidez, essa é uma fase que propicia o surgimento de miomas. Normalmente, eles costumam diminuir de tamanho após a gestação.

Há ainda o fator de hereditariedade, aumentando a chance de aparecimento caso mulheres da família já tenham tido o diagnóstico. Outro caso comum, são em mulheres de etnia negra. Elas têm 3 a 9 vezes mais chances de desenvolvê-lo.

Além disso, alguns hábitos e condições podem influenciar no surgimento e desenvolvimento dos miomas, como o consumo abusivo de álcool, o uso precoce de anticoncepcional (antes dos 16 anos) e também a hipertensão e a obesidade.

 

Como é feito o diagnóstico?

Com certa frequência, os miomas são encontrados em exames ginecológicos de rotina, por acaso, principalmente quando a mulher não apresenta sintomas. Se você está desconfiada que tem um mioma uterino, o médico especialista em cuidar do sistema reprodutor feminino é o ginecologista.

Caso o médico verifique irregularidades no formato do útero, o que é um sinal desse problema, ele vai solicitar um exame chamado de ultrassonografia transvaginal para confirmar o diagnóstico. Se apenas a ultrassonografia não for suficiente, outros exames auxiliares são solicitados, como a ressonância magnética, ultrassom com infusão de uma solução salina, histerossalpingografia e histeroscopia.

Ademais, o médico também vai pedir exames sanguíneos para investigar outros fatores que podem estar causando os sangramentos e possíveis consequências que esse problema já pode ter gerado ao organismo.

 

Qual é o tratamento?

O tratamento do mioma uterino depende, basicamente, da gravidade dos sintomas apresentados. Se eles são leves e provocam pouco incômodo, ou se até mesmo estão ausentes, é possível fazer somente o acompanhamento do quadro com o ginecologista. Já nos casos em que os sintomas do mioma afetam a vida da mulher, é preciso controlá-los. Isso costuma ser feito com medicamentos, como pílulas anticoncepcionais e anti-inflamatórios, para aliviar a dor, ou uso de DIU (dispositivo intrauterino).

Além disso, suplementos vitamínicos também podem ser prescritos para recuperar o estado nutricional da mulher, visto que o sangramento provocado pelo mioma causa a perda de vitaminas e minerais, especialmente de ferro.

Como última alternativa, quando o tratamento medicamentoso não é suficiente para interromper os sintomas do mioma, é preciso fazer uma cirurgia. Para algumas mulheres, as tradicionais intervenções cirúrgicas, como a miomectomia abdominal ou histerectomia, ainda são necessárias.

No entanto, já existem procedimentos não invasivos ou minimamente invasivos para solucionar esse problema. Entre eles estão:

  • embolização do mioma;
  • miólise;
  • miomectomia histeroscópica;
  • cirurgia com ultrassom focalizado guiado por ressonância magnética.

A gravidade do mioma uterino depende da sua localização e estágio de desenvolvimento. É raro ele chegar a se transformar em um câncer, mas, como vimos, pode causar sintomas incômodos e influenciar no funcionamento de outros órgãos quando estes são comprimidos. Por esse motivo, não deixe de fazer check-ups periódicos. Assim, é possível tratar esse e outros problemas que afetam o sistema reprodutor feminino.

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