Quais são as suas causas?

As causas reais da enxaqueca ainda são um tanto quanto desconhecidas. No entanto, estima-se que a sua origem está relacionada às alterações vasculares e neurológicas.3

Há também os estudos que dizem que as enxaquecas têm origem genética e estão associadas a um desequilíbrio bioquímico, ou seja, de substâncias que fazem parte do nosso metabolismo.3

Por fim, outra possível causa é a alteração em neurotransmissores, como a serotonina.4 

Há grupos mais afetados?

Sim, as mulheres representam maior prevalência nos casos de enxaqueca. De acordo com especialistas, esse fato se dá por conta dos hormônios femininos.5

A estimativa é de que entre 40% e 50% das mulheres sofram com esse problema ao longo das suas vidas.5

Quais são os sintomas?

Quem já teve uma crise de enxaqueca, sabe que os sintomas são bem desconfortáveis. Os principais sinais são:6

  • fortes dores de cabeça;
  • alterações de humor;
  • presença de pontos luminosos na visão;
  • incômodo com luz, cheiros fortes e barulhos;
  • náuseas e vômitos;
  • fadiga, entre outros.

Outros sintomas que podem surgir são alterações gastrointestinais como diarreia, inchaço, congestão nasal e muito mais. São bem inespecíficos, mas acabam sendo relatados por pacientes durante as crises.5

As crises, normalmente, são progressivas e vão dando sinais de que vão acontecer. Ou seja: o paciente pode aprender a identificar os gatilhos e sintomas iniciais e, assim, agir mais rapidamente para melhorar as queixas.5

O que é bom para a enxaqueca?

Agora, é hora de descobrirmos algumas dicas para aliviar os sintomas da enxaqueca no dia a dia. Vamos lá?

1. Beber bastante água

Um dos possíveis gatilhos para o desenvolvimento das crises de enxaqueca é a desidratação.7 Por isso, tomar água com frequência ajuda a preveni-las, e se hidratar quando o problema já está instalado também ajuda na resolução mais rápida do quadro.

2. Evitar focos de barulho

O barulho é outro problema que pode incomodar muito aos pacientes com enxaqueca. Então, o ideal é se afastar da poluição sonora.8 Caso isso não seja possível, experimente usar fones que abafam os ruídos nos ouvidos, para pelo menos aliviar um pouco a sensação de desconforto.

3. Ter uma boa alimentação

Há estudos que mostram que os alimentos podem ter relação com o desencadeamento das crises de enxaqueca. Alguns exemplos são os refrigerantes, produtos ricos em glutamato monossódico, farinhas refinadas, álcool e outros. O interessante é tentar ter uma dieta mais leve, natural e sem tantos ultraprocessados.9

4. Ficar longe de ambientes com luz intensa

Como sabemos, a luz é um fator muito importante no surgimento das crises e no agravamento dos sintomas.5 Está sentindo que a dor está chegando? Então, tente ficar em um ambiente completamente escuro, sem a luz do celular afetando os olhos. 

5. Evite a automedicação

A automedicação nunca é algo recomendado. O motivo para isso? A possibilidade de reações adversas na pessoa que está fazendo uso dos medicamentos, além da chance desse remédio inferir com outros fármacos10. Sendo assim, o abuso de remédios pode ser prejudicial ao paciente.

Não ficou muito claro? Eu explico. É o seguinte: as substâncias presentes nos remédios agem em pontos diferentes do organismo. Elas podem ser metabolizadas pelo fígado ou pelos rins, em sua grande maioria. Assim, pessoas com alterações nestes órgãos devem ficar atentas.11

Outro problema acontece quando o paciente faz uso de outros medicamentos em seu dia a dia. Eles também são metabolizados pelos rins e fígado, o que pode sobrecarregar os órgãos caso mais uma substância seja adicionada. Além disso, há a interação medicamentosa, quando a fórmula de dois remédios diferentes “não batem”.10

Por isso, o ideal é sempre buscar a opinião de um médico, levando os nomes dos remédios que fazem parte da sua rotina e seguindo as orientações direitinho. 

No entanto, alguns fármacos podem ser utilizados em momentos de crise, pelo menos até a hora da sua consulta com um médico. Na dúvida, consulte a opinião de um farmacêutico. Ele poderá ajudar!

6. Tome os medicamentos adequados

O uso de medicamentos mais específicos para o tratamento, como vimos, só pode ser recomendado por um médico. Então, aí vai mais uma dica: busque, se possível, a opinião de um especialista em dores de cabeça, o cefaliatra.

Caso esse profissional não esteja à sua disposição, especialistas como os neurologistas podem ajudar muito nesse caso. O importante é não deixar de se cuidar!

Lembrando que o tratamento da enxaqueca envolve também o controle de fatores ambientais. Assim, o controle das crises será bem mais eficiente.

Agora você já sabe o que é bom para enxaqueca e como amenizar esse problema! Por isso, tenha em mente que sentir dor de cabeça não é normal. Sendo assim, não deixe de buscar a opinião de um médico para o diagnóstico correto e de seguir o tratamento indicado por ele.

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Fontes:

1. Peres MFP, Queiroz LP, Rocha-Filho PS, Sarmento EM, Katsarava Z, Steiner TJ. Migraine: a major debilitating chronic non-communicable disease in Brazil, evidence from two national surveys. J Headache Pain. 2019;20(1):85. 

2.ALVES, B. / O. / O.-M. Enxaqueca | Biblioteca Virtual em Saúde MS. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/enxaqueca/>. Acesso em: 14 jul. 2022. 

3. Krymchantowski AV, Moreira Filho PF. Atualização no tratamento profilático das enxaquecas. Arq Neuropsiquiatr. 1999;57(2-b):513-519.

4. Sociedade Brasileira de Cefaléia. Enxaqueca não é só dor de cabeça. Disponível em: <https://sbcefaleia.com.br/noticias.php?id=3>. Acesso em: 14 jul. 2022. 

5. Pahim LS, Menezes AMB, Lima R. Prevalence and factors associated to migraine in adult population, Southern Brazil. Rev Saúde Pública. 2006;40(4).

6. Machado J, Barros J, Palmeira M. Enxaqueca: Fisiopatogenia, clínica e tratamento. Rev Port Clin Geral. 2006;22(4).

7. Kraemer GC, Lazzaretti C. Enxaqueca crônica: aspectos gerais e a terapêutica com a toxina botulínica. Rev Cien Perspectiva Ciên Saúde. 2021;6(1).

8. Ishikawa, T. et al. Identification of Everyday Sounds Perceived as Noise by Migraine Patients. Internal Medicine, v. 58, n. 11, p. 1565–1572, 1 jun. 2019. 

9. Felipe MR, Campos A, Vechi G, et al. Influence of food and nutrition and the use of the herbal medicine on the prophylaxis and symptomatic treatment of migraine – a review. Rev Soc Bras Alim Nutr. 2010.35(2):165-179.

10. BVS – Ministério da Saúde – Dicas em Saúde. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/255_automedicacao.html>.

11. LE, J. Metabolismo de Fármacos. Disponível em: <https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/farmacologia-cl%C3%ADnica/farmacocin%C3%A9tica/metabolismo-de-f%C3%A1rmacos>. Acesso em: 14 jul. 2022.