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Em um dos ataques mais letais, Rússia mata 40 em bombardeio a Dnipro
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O número de mortos em um ataque com míssil russo na cidade ucraniana de Dnipro no domingo (15) subiu para 40 nesta segunda-feira (16).
Com o novo balanço, o bombardeio se tornou o mais letal feito pela Rússia em quase um ano de guerra na Ucrânia em grandes cidades – Dnipro é a quarta maior do país.
Dezenas de pessoas ainda estão desaparecidas.
Autoridades ucranianas reconheceram pouca esperança de encontrar mais alguém vivo nos escombros do ataque. Mas o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que o resgate na cidade ucraniana , na região central do país, continuará “enquanto houver a menor chance de salvar vidas”.
“Dezenas de pessoas foram resgatadas dos escombros, incluindo seis crianças. Estamos lutando por cada pessoa!”, declarou Zelenskiy em um discurso televisionado durante a noite.
Kiev fica no escuro após bombardeio russo
As forças russas têm feito uma forte campanha de ataques aéreos desde outubro, que têm causado queda de energia e água em cidades ucranianas, como na capital Kiev.
Kiev afirma que não tem como derrubar o míssil antinavio que atingiu um prédio de apartamentos em Dnipro no sábado, durante a última saraivada de ataques da Rússia.
Alemanha
O recorde acontece no mesmo dia em que a ministra da Defesa alemã, Christine Lambrecht, pediu demissão do cargo após ser criticada pela atuação da Alemanha na guerra da Ucrânia.
A saída ocorre apenas três dias antes da visita do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, e de aliados se reunirem na base aérea de Ramstein, na Alemanha, para coordenar o apoio militar a Kiev.
Lambrecht foi criticada nos últimos dias depois de uma mensagem otimista de véspera de Ano Novo filmada em frente a fogos de artifício, na qual ela falou sobre as oportunidades que teve de conhecer “pessoas interessantes e ótimas” como resultado da guerra na Ucrânia.
A previsão é de que a semana registre intensa diplomacia para garantir armas adicionais a Kiev, com foco na relutância da Alemanha até agora em fornecer tanques ou permitir que seus aliados os enviem.
Por Reuters