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Saúde

O que são imunossuprimidos? Entenda o que significa o termo


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Muitas pessoas se familiarizaram com o termo “imunossuprimidos” após o início da vacinação contra a COVID-19. Considerados parte do grupo de risco, esses pacientes possuem características que alteram o sistema imunológico de diferentes formas.

Luís Eduardo Coelho Andrade, assessor médico da área de Imunologia do Grupo Fleury, explica que o  sistema imunitário é formado por uma complexa rede de células e moléculas que estão dispersas no sangue e em todos os tecidos e órgãos do corpo.

Assim, o sistema é responsável por “vasculhar o organismo”, garantindo que tudo esteja em ordem. Quando uma anormalidade é detectada, como a presença de vírus e bactérias, as células reagem para restaurar a normalidade e combater os invasores.

“Para que o sistema imunitário funcione adequadamente, participam centenas de tipos celulares e de moléculas solúveis. Se houver deficiência em um ou mais desses componentes, o sistema imunitário pode não funcionar adequadamente, acarretando o que denominamos imunodeficiência”, conta.

Classificação das imunodeficiências

De acordo com Luís, as imunodeficiências podem ser primárias ou secundárias:

Secundárias: ocorrem quando um sistema imunitário previamente saudável sofre algum tipo de influência que prejudique o seu bom funcionamento. Nesses casos, o indivíduo é chamado de imunossuprimido ou imunodeprimido.

atores que levam à imunossupressão

O sistema imunológico pode ser afetado por diferentes fatores externos que causam imunossupressão, como:

  • Alcoolismo;
  • Dependência de drogas ilícitas (como cocaína e crack);
  • Doenças sistêmicas (diabetes mellitus descompensada, câncer, insuficiência renal crônica, cirrose hepática, entre outras);
  • Algumas infecções, como a síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA ou AIDS).

Como é feito o diagnóstico?

Há diferentes maneiras de identificar se um paciente é imunossuprimido. O histórico médico, como a recorrência de infecções, é um deles – especialmente as que pedem por tratamento com antibióticos ou internação. Com isso, é possível que seja feita a solicitação de um exame para avaliar diferentes aspectos do sistema imunitário.

Outros exames incluem:

  • Hemograma com a contagem dos linfócitos no sangue periférico;
  • Dosagem de imunoglobulinas (anticorpos) séricas;
  • Dosagem do complemento sérico;
  • Dosagem de anticorpos contra componentes de vacinas já tomadas (como tétano e rubéola).

Cuidados necessários

Além de cuidados gerais, como manter uma boa dieta alimentar, higiene corporal rigorosa e boas horas de sono, pacientes imunossuprimidos devem se atentar a outros detalhes no dia a dia. Segundo Luís, um deles é evitar contato com pessoas com doenças infectocontagiosas, incluindo gripes e resfriados.

O grupo social da pessoa imunossuprimida também deve se atentar à saúde, mantendo a carteirinha de vacinação em dia, a fim de que se diminuam os riscos de adquirir e transmitir uma infecção. As vacinas da gripe e COVID são alguns dos exemplos.

“Os pacientes imunossuprimidos devem estar atentos a sinais e sintomas de possível infecção, e quando devem prontamente procurar atenção médica. Em geral, devem manter o esquema vacinal rigorosamente em dia, respeitando-se o cuidado de não receberem vacinas com micro-organismos vivos atenuados. Além das vacinas de uso geral, devem ser vacinados para o pneumococo”, conta o médico.

O especialista ainda ressalta que o regime de vacinação dependerá do tipo de imunossupressão e deve ser aconselhado pelo médico que acompanha o paciente. Nos casos de tratamento imunossupressor, é esperado que se atualize a vacinação antes de se iniciar a imunossupressão.
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