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Procure outras linhas de crédito para zerar dívida do cartão


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 Com as novas regras do Banco Central em vigor desde junho, o consumidor passou a ter mais facilidade para quitar dívidas no rotativo do cartão de crédito. Porém, as taxas oferecidas pelos bancos para evitar que o cliente se enrole continuam altas, de acordo com levantamento do DIA no site do Banco Central. Especialistas recomendam outras linhas para quem têm dívida com o cartão, e o consignado e o penhor aparecem como os mais indicados para que o consumidor não fique no vermelho.

Alexandre Prado, do Núcleo Expansão, recomenda o penhor como um empréstimo com juros baixo para zerar a dívida com o cartão. O cliente deve ir à Caixa Econômica Federal com a joia a ser penhorada: “Nessa modalidade, por exemplo, a pessoa penhora uma joia que vale R$ 5 mil, e o banco dá 30% desse valor (R$1.500), com pagamento em 60 dias. Os juros são bem baixos”, explica. Segundo a Caixa, os juros do penhor estão entre 2,10% e 3,65% ao mês, dependendo do parcelamento.

Outras alternativas

Outras linhas de crédito tendem a ter juros mais baixos, como o crédito consignado: “Tem taxa de juros mais em conta pela maior garantia do pagamento, que se dá descontando direto do contracheque”, explica Gilberto Braga, economista e professor da Ibmec e da Fundação D. Cabral. Para aderir, o critério é ter uma renda regular comprovada, sendo servidor público ou de empresa privada.

O crédito pessoal (CDC) também pode ser uma alternativa para ter um dinheiro emergencial para cobrir a dívida do cartão de crédito. É possível fazer simulação via internet nos sites dos bancos, ou ir na própria agência.

Gilberto Braga lembra que para as pessoas que estão usando crédito rotativo do cartão, migrar para os outras linhas nem sempre é uma possibilidade: “Para os que estão superendividados, com o crédito rotativo já esgotado, ou que não fizeram o pagamento mínimo da fatura, o banco não permite essa permuta para quitar a dívida com juros menores”.

Para negociação de dívidas, os bancos disponibilizam canais digitais e presenciais. No crédito rotativo, o parcelamento pode ser feito em até 24 vezes.

Pagamento mínimo da fatura deve ser evitado

O crédito rotativo possui uma das taxas taxa de juros mais alta do mercado. Para Alexandre Prado, o pagamento de valor mínimo do cartão seguido da oferta de melhores créditos para quitar a dívida não é mais indicado: “O melhor para o usuário de cartão de crédito é fazer com que o uso desse método de pagamento seja de maneira consciente. Apesar de ter um limite aprovado no cartão, o cliente precisa se lembrar que aquele valor não é real, não é um dinheiro que ele já tem, que lhe pertence, mas funciona como um empréstimo a juros altíssimos”, explica.

Para quem já está no rotativo, o banco precisa garantir crédito para que o consumidor possa parcela a dívida do cartão com taxas menores que os juros atuais: “O que muda são os juros, que são menores quando comparados com o crédito rotativo”, afirma Prado. No site do Banco Central (www.bcb.gov.br) é possível consultar também as taxas de juros para quem não pagou o valor mínimo de 15%, segundo a nova regra, clicando em Taxas de Juros de Operação de Crédito, no item Crédito Rotativo Não Regular.

O especialista completa com a dica de prevenção sobre o uso de cartão: “Muitas pessoas gostam de usar o cartão de crédito para concentrar em um só local os gastos do dia a dia. A praticidade, no entanto, disfarça o perigo dos juros. O cartão de crédito tem uma das maiores taxas de juros do mercado e deixar de pagar a conta custa muito caro para os consumidores”.

Taxas de juros, segundo o BC

– Crédito consignado

BB 2,39% ao mês

Caixa Econômica Federal 2,42% ao mês

Bradesco 2,48% ao mês

Santander 2,67% ao mês

Itaú 3,13% ao mês

– Crédito pessoal

BB 3,87% ao mês

Itaú 4,57% ao mês

Caixa 4,58% ao mês

Santander 4,41% ao mês

Bradesco 5,29% ao mês

– Crédito rotativo

BB 9,44% ao mês

Itaú 10,13% ao mês

Santander 10,95% ao mês

Caixa 11,10% ao mês

Bradesco 11,26% ao mês

– Crédito rotativo não regular

BB 9,44% ao mês

Itaú 10,13% ao mês

Bradesco 11,11% ao mês

Caixa 11,13% ao mês

Santander 11,55% ao mês

*Estagiária sob supervisão de Max Leone

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