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Dengue, chikungunya, zika e febre amarela urbana: como prevenir essas doenças que podem levar a óbito 


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Especialista diz que é preciso atualizar as ações de controle e combate ao mosquito Aedes aegypti para reforçar as medidas já adotadas

Levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde aponta que o número de casos de dengue no Brasil subiu quase 185% entre janeiro e outubro deste ano na comparação com o mesmo intervalo de tempo do ano passado, alcançando a marca de 1,3 milhão de notificações. Neste período, foram registradas 909 mortes, número bastante expressivo. Os casos de chikungunya também tiveram um aumento expressivo, de 89,9%, em relação a 2021, somando 168,9 mil notificações. Em relação à zika, houve elevação de 92,6% em 2022. Essas doenças, que podem levar a óbito, são transmitidas pelo Aedes aegypti.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), para prevenir essas doenças, é preciso investir em medidas efetivas para controle do mosquito transmissor. A principal orientação é eliminar água parada em locais que podem se tornar criadouros. Seguem algumas ações que a população deve tomar, pelo menos uma vez por semana:

Colocar tela e verificar se a caixa d’água está bem tampada;

Deixar as lixeiras sempre bem tampadas;

Colocar areia nos pratos usados em vasos de plantas;

Recolher e acondicionar o lixo do quintal;

Deixar calhas sempre limpas;

Cobrir piscinas;

Limpar e tampar os ralos;

Deixar as tampas dos vasos sanitários sempre fechadas;

Limpar a bandeja externa da geladeira;

Limpar e guardar as vasilhas dos bichos de estimação;

Limpar a bandeja coletora de água do ar-condicionado;

Cobrir cisternas e poços, assim como outros reservatórios de água;

Evitar acúmulo de água em objetos pequenos, como tampas de garrafa e bordas de baldes e bacias.

O poder público conta, também, com o Programa Nacional de Combate à Dengue (PNCD), que têm oferecido diretrizes para o enfrentamento das epidemias pelos estados e municípios, por meio de ações como a pulverização de áreas públicas com inseticidas, vigilância entomológica, ampliação do saneamento básico, entre outros.

Para Natalia Verza Ferreira, cientista, doutora em Genética e Biologia Molecular e diretora da Oxitec do Brasil, todas essas medidas são muito importantes e apresentam bons resultados quando são seguidas. Entretanto, é preciso atualizar os protocolos de controle do Aedes aegypti, incorporando soluções sustentáveis que já foram, inclusive, aprovadas para uso no Brasil, como o Aedes do Bem™ — inseto com genes autolimitantes que auxilia no controle do mosquito Aedes aegypti de forma segura e ambientalmente sustentável — especialmente porque o país está prestes a ingressar em uma nova temporada de chuvas, período em que o mosquito se prolifera com mais facilidade.

 

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