Mato Grosso
Manejo sanitário do gado mato-grossense influencia na qualidade da carne
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A saúde dos animais é fundamental para uma boa produção. No campo, há investimentos que refletem no bem-estar dos rebanhos e na prevenção, controle e erradicação de doenças. Mato Grosso, que detém o maior rebanho do país, com mais de 32 milhões de cabeças, não registra casos de aftosa há 26 anos e está entre os estados que, a partir de novembro, não precisarão mais vacinar o gado. Essa é uma etapa para o reconhecimento do status de “livre de aftosa sem vacinação”.
Em Cáceres, a 220 km de Cuiabá, uma propriedade investiu em um sistema com toda a árvore genealógica dos animais para identificação.
O zootecnista José Roque da Silva explica que o manejo sanitário dos bezerros é feito assim que os pais são reconhecidos e, em seguida, são tatuados com um código de identificação. O controle sanitário inclui a cura do umbigo e a higiene do rabo.
Além do controle sanitário, a saúde dos animais é mais que fundamental para a produção de uma boa carne. Diante deste cenário, medicamentos que fazem o controle das bactérias presentes no organismo do gado são aplicados. As vacinas são injetadas ao longo da vida do animal.
Segundo o médico veterinário Vinicios Borges Garcia, os animais da propriedade tomam imunizantes contra brucelose e raiva.
“Devido às doenças interferirem na produtividade do animal, hoje eles estão fazendo uma segunda dose da vacina reprodutiva”, disse.
Ainda conforme Garcia, esse trabalho proporciona uma diminuição de perdas econômicas, além de aumentar a produtividade e rentabilidade do pecuarista.
A propriedade ainda conta outras ações que complementam o manejo sanitário, como o processo quinzenal de limpeza nos bebedouros, que possuem capacidade para 4 mil litros de água. Assim, os animais têm água à vontade e de qualidade.
O diretor técnico do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea/MT), Renan Tomazele, o órgão vem trabalhando com força para atingir o melhor status sanitário.
“Estamos trabalhando fortemente para retirar a vacinação e continuar livre da febre aftosa. A gente está trabalhando para substituir o modelo de vacinação pelo modelo de vigilância”, concluiu.
De acordo com o diretor técnico da Associação dos Produtores de Mato Grosso (Acrimat), Franciso Manzi, o estado possui uma grande capacidade de produção de carne.
“Somos, hoje, exportadores para 149 países. Só o Mato Grosso, exporta para mais de 70”, ressalta.
G1