Amazonas
Bombeiros retomam buscas por vítimas desaparecidas após ponte desabar no Amazonas
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O Corpo de Bombeiros retomou, nesta quinta-feira (29), as buscas por desaparecidos após uma ponte desabar na manhã desta quarta-feira (28) no km 25 da BR-319, no Careiro, a 102 km de Manaus. Segundo a corporação, até 15 pessoas estão desaparecidas.
A tragédia aconteceu na manhã de quarta-feira (28), na Ponte Curuçá. Três pessoas morreram, mas segundo o Corpo de Bombeiros esse número pode aumentar nas próximas horas. Segundo o Governo do Amazonas, pelo menos 12 veículos afundaram e passageiros e motoristas estão desaparecidos.
As buscas iniciaram por volta de 6h e uma equipe de 40 homens do Corpo de Bombeiros está no local para tentar encontrar as vítimas da tragédia.
Para intensificar as buscas por pessoas desaparecidas, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) ativou um gabinete de crise para integrar as ações dos órgãos estaduais e federais envolvidos no resgate.
O gabinete de crise foi ativado no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), localizado na zona centro-sul da capital, sob a coordenação do secretário de Segurança Pública, general Carlos Alberto Mansur.
Entenda o caso
O acidente aconteceu no km 25 da rodovia, por volta de 8h. Parte da pista já havia sido interditada parcialmente na segunda-feira, após começar a ceder. Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) só veículos leves estavam autorizados a transitar no local.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também informou que, por orientação do próprio Dnit, havia interditado parcialmente a ponte, nesta segunda-feira (26), por causa de más condições na estrutura. Desde então, somente veículos leves podiam circular por lá.
Queda de ponte na BR-319, no AM — Foto: William Duarte / Rede Amazônica
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento em que pessoas saem da água, após a tragédia. Os feridos foram socorridos pela população e encaminhados para unidades de saúde do Careiro e, posteriormente para Manaus.
Três pessoas, sendo dois homens e uma mulher, morreram. A primeira vítima identificada foi Maria Viana Cordeiro, de 66 anos, servidora aposentada da Prefeitura de Manaus. Maria trabalhava na Casa Civil da administração municipal. Em nota, o prefeito de Manaus, David Almeida, lamentou a morte da ex-servidora.
Vítimas da tragédia BR-319, no Amazonas. — Foto: Reprodução
A segunda vítima identificada foi o motorista Marcos Rodrigues Feitosa, de 39 anos. Segundo a esposa dele, Rainelma Gama, ele fazia o trajeto de uma a três vezes por semana e trabalhava para uma empresa de distribuição de alimentos.
O cirurgião-dentista Rômulo Augusto de Morais Pereira, de 36 anos, é a terceira vítima identificada da tragédia. Rômulo atuava em Manaus e em Autazes, município que fica às margens da BR-319. Há dois anos, ele ia para a Comunidade Novo Céu, que fica na Zona Rural do Município, semanalmente. Ele saía às quartas-feiras para atender os pacientes e voltava às quintas.
O comandante-geral da corporação, Orleilson Muniz, disse que ainda não há como precisar o número de desaparecidos. No entanto, segundo moradores e testemunhas do acidente, há entre oito e 15 desaparecidos.
A BR-319 tem mais de 800 km de comprimento e liga a capital, Manaus, a Porto Velho (RO).
A ponte Curuçá fica a 15 km da margem do rio Amazonas. Para chegar a este ponto, é necessário pegar uma balsa na outra margem do rio, na Zona Franca de Manaus. A travessia dura cerca de 45 minutos.
Infográfico mostra onde fica a ponte Curuçá, que desabou nesta quarta (28) — Foto: g1
G1