Acre
Mesmo com campanha, cobertura vacinal contra poliomielite no Acre não chega a 20% do público-alvo
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Dados da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) mostram como a cobertura vacinal contra poliomielite segue baixa, mesmo com a campanha de vacinação nacional. Segundo a secretaria, 64.932 crianças de 1 a 4 anos devem ser vacinadas no estado, e apenas 11.756 foram vacinadas, ou seja, 18% do estimado.
Pata tentar mudar essa realidade, o Ministério da Saúde prorrogou a campanha nacional de vacinação contra a Poliomielite e multivacinação de 2022 até o dia 30 de setembro. A ampliação do prazo, divulgada nesta terça-feira (6), tem o objetivo de aumentar as coberturas vacinais e a adesão da população à vacinação.
A faixa etária que mais se vacinou no estado foi a de quatro anos, com 3.361. As outras aplicações foram:
- 1 ano – 2.994;
- 2 anos – 2.666;
- 3 anos – 2735
Vacinação
Para a campanha de multivacinação as vacinas disponíveis são: Hepatite A e B, Penta (DTP/Hib/Hep B), Pneumocócica 10 valente, VIP (Vacina Inativada Poliomielite), VRH (Vacina Rotavírus Humano), Meningocócica C (conjugada), VOP (Vacina Oral Poliomielite), Febre amarela, Tríplice viral (Sarampo, Rubéola, Caxumba), Tetraviral (Sarampo, Rubéola, Caxumba, Varicela), DTP (tríplice bacteriana), Varicela e HPV quadrivalente (Papilomavírus Humano).
Estarão disponíveis para os adolescentes, as vacinas HPV, dT (dupla adulto), Febre amarela, Tríplice viral, Hepatite B, dTpa e Meningocócica ACWY (conjugada). Todos os imunizantes que integram o Programa Nacional de Imunizações (PNI) são seguros e estão aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A atualização da situação vacinal aumenta a proteção contra as doenças imunopreveníveis, evitando a ocorrência de surtos e hospitalizações, sequelas, tratamentos de reabilitação e óbitos. A mobilização nacional é uma estratégia adotada pelo Ministério da Saúde com sucesso desde 1980.
Dados da vacinação no Acre
Cidades do Acre | Estimativa Populacional | Nº total doses aplicadas |
Acrelândia | 1.104 | 355 |
Assis Brasil | 722 | 352 |
Brasileia | 1.896 | 310 |
Bujari | 824 | 140 |
Capixaba | 907 | 91 |
Cruzeiro Do Sul | 6.935 | 252 |
Epitaciolândia | 1.248 | 171 |
Feijó | 3.277 | 1.810 |
Jordão | 1.037 | 254 |
Mâncio Lima | 1.743 | 424 |
Manoel Urbano | 949 | 325 |
Marechal Thaumaturgo | 2.046 | 1.292 |
Plácido De Castro | 1.399 | 751 |
Porto Acre | 1.406 | 227 |
Porto Walter | 1.477 | 821 |
Rio Branco | 24.462 | 2.087 |
Rodrigues Alves | 1.859 | 105 |
Santa Rosa Do Purus | 786 | 259 |
Sena Madureira | 3.347 | 679 |
Senador Guiomard | 1.639 | 190 |
Tarauacá | 4483 | 604 |
Xapuri | 1386 | 257 |
Total: | 64.932 | 11.756 |
Debate
O Ministério da Saúde fez, no último dia 1, na Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em Brasília, uma reunião sobre o Risco de Reintrodução da Poliomielite no Brasil, a fim de apresentar e debater ações para a manutenção da eliminação da doença, que teve seu último registro no país em 1989, na cidade de Souza, na Paraíba.
Entre os temas debatidos estão as estratégias de vacinação adotadas no Brasil; a situação global e regional da poliomielite, recomendações do Grupo Técnico Assessor (GTA) da OPAS e recomendação de vacinas segundo cenário epidemiológico de risco; a alteração do primeiro reforço da Vacina Oral Poliomielite (VOP) para Vacina Inativada Poliomielite (VIP); a contenção do Poliovírus nos laboratórios; e a vigilância ambiental da poliomielite.
G1