Agronegócios
Com auxílio de bioinsumos, grupo Bom Futuro alcança eficiência de até 80% no controle da cigarrinha do milho
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O grupo Bom Futuro conseguiu atingir o controle na cigarrinha de até 80% nesta safra do milho, somente com a aplicação de biológicos, que são produzidos na própria biofábrica da empresa.
O Engenheiro Agrônomo e Gerente da Bom Futuro, Sávio Santos Lopes, destacou que algumas áreas na regional de Campo Verde/MT tiveram problemas com a cigarrinha do milho nesta safra. “Fizemos três aplicações com o bioinsumo e tivemos um bom resultado no controle da praga, sem contar que ainda reduzimos os custos com a aplicação dos defensivos”, afirmou.
Com os bioinsumos, o grupo Bom Futuro teve uma redução nos custos de atê 80% por aplicação. “Para ter uma noção, o produto mais barato para o controle da cigarrinha custa em torno de R$ 35,00 por hectare. Já o custo da produção do biológico na fazenda é de R$ 6,00 por hectare”, complementou.
Atualmente, a utilização dos biológicos no grupo representa 40% de tudo que é aplicado nas áreas cultivadas da empresa. “Quando falamos das lavouras de milho esse percentual da utilização de biológicos é ainda maior”, comentou ao Notícias Agrícolas.
A fabricação própria de bioinsumos gera economia significativa nas aplicações de inseticidas para controle de mosca branca, cigarrinha do milho e cigarrinha da pastagem. “Não vejo a agricultura só com biológico, por enquanto, ainda precisamos do químico. Mas unindo os dois dá pra economizar e preservar mais o solo”, afirmou o Gerente Regional de Operações Campo Verde, Olimar Gottems.
Lopes salienta que apesar de ser altamente sustentável e rentável, a intenção dos biológicos não é reduzir totalmente o uso de defensivos químicos.”Não pensamos em substituir, mas sim fazer um manejo eficiente e utilizar os químicos em último caso e evitar a resistência da planta”, comentou.
Com relação a comercialização do biológico, o grupo Bom Futuro esclarece que a fabricação do produto ainda somente para aplicação nas áreas da empresa e que não tem perspectiva de venda do produto.
A biofábrica da Bom Futuro começou a ser construída em 2019 com o objetivo de encontrar meios viáveis economicamente e sustentáveis para a produção agrícola da empresa. Com toda a documentação em órgãos competentes aprovada, a empresa iniciou a utilização em fazendas de Campo Verde.
“Apesar da biofábrica ser recente, as pesquisas sobre a cigarrinha do milho começaram em 2015 e foram se aprimorando ao longo das safras e até a empresa ter certeza que o biológico seria eficiente”, explicou Lopes.
A Bom Futuro produz seus próprios insumos biológicos e os utiliza em suas fazendas nas áreas de agricultura em Mato Grosso. A biofábrica Bom Futuro está localizada na fazenda Fartura, em Campo Verde, e tem capacidade de produção de 800 mil litros de bioinsumos, atualmente fabricando 280 mil litros por safra, entre nematicidas, bioinseticidas, bioestimuladores e ativadores de solo.
Além de bioinsumos de produção própria, a empresa também utiliza produtos comprados de terceiros para atender a demanda de parte da área cultivada com soja, milho e algodão.
Qualidade
A Biofabrica do Grupo Bom Futuro realiza um cuidadoso controle de qualidade, processo em que verifica a pureza e a concentração dos bioinsumos. Dessa forma, entrega produtos puros, concentrados e isentos de contaminantes ou quaisquer micro-organismos que venha fazer mal ao operador ou ao ecossistema de nossas lavouras.
O Notícias Agrícolas tem acompanhado os relatos de presença de cigarrinhas nas lavouras de milho e plantas com sintomas do enfezamento estão elevados nesta segunda safra de milho.
As condições climáticas e o histórico em temporadas anteriores contribuíram para a incidência da cigarrinha-do-milho nas principais áreas produtoras.
O Notícias Agricolas viajou ao Mato Grosso à convite da Texto Comunicação Corporativa
Fonte:
Notícias Agrícolas