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Medicina

Queda capilar x excesso de exercícios físicos: por que acontece e como tratar?


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A perda de cabelo devido ao excesso de exercícios se enquadra na categoria de perda de cabelo temporário e é chamada de Eflúvio Telógeno. Muitas vezes, os atletas de alta performance são vítimas deste problema devido às extensas horas de treino, bem como má alimentação e aos cuidados necessários com o cabelo. Esses hábitos podem acarretar em um aumento do hormônio ligado diretamente ao estresse e ao cortisol, o que faz alterar todo o ciclo normal de crescimento do cabelo.

De acordo com o médico anestesiologista e tricologista Dr. Ronaldo Borges (@drronaldoborges), especialista em transplante e medicina capilar, a conex

ão geralmente é benéfica quando são exercícios moderados dentro de um tempo adequado e direcionados por um profissional. “Existem diversos fatores para a queda capilar, como hormônios, genética e principalmente o estilo de vida. Dessa maneira a capacidade cardiovascular melhora e consequentemente o fluxo sanguíneo para o couro cabeludo promovendo um maior aporte de nutrientes para as unidades foliculares. No entanto, atletas de alta performance necessitam de muitas horas de treino diárias e o corpo entende que todo esse aporte sanguíneo deve ser desviado para os músculos e órgãos nobres, desse modo o cabelo sofre, pois não é um órgão essencial à vida”, explica o profissional.

Segundo o professor e médico do esporte, Dr. Guilherme Renke (@endocrinorenke), sócio fundador da Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), maior clínica multidisciplinar do Brasil, o exercício físico pode causar a redução de micronutrientes, já que ele causa danos oxidativos, como a coezima Q10, vitaminas do complexo B e subtâncias como o zinco que são importantes para a saúde do cabelo.

“Indivíduos que praticam exercício físico estenosante podem ter uma deficiência de ferro, especialmente as mulheres, então tem que ter um cuidado redobrado em relação a isso e a queda capilar é bem intensa quando você tem uma redução do estoque de ferro no corpo, que é caracterizado por uma baixa ferritina. Além disso, quando uma pessoa já tem uma deficiência de base, mas ela não pratica atividade física e ela inicia uma atividade ou treinamento, ela vai estar mais propícia a ter queda de cabelo justamente por essa mudança. Precisamos lembrar que o exercício físico aumenta a produção de alguns hormônios, como cortizol, então é preciso ter um repouso e sono corretos, caso contrário, também irá impactar na saúde da pessoa, incluindo a queda capilar”, ressalta o profissional.

Outras questões diárias, como viagens, competições, alterações do ciclo sono-vigília e cobrança por resultados elevam o estresse metabólico com níveis altos do hormônio cortisol, o que prejudica muito o cabelo, diminuindo o aporte local e alterando o ciclo de crescimento.

Estratégias capazes de tratar essa queda de cabelo

Existem diversas estratégias de tratamento clínico como medicamentos e vitaminas que são otimizadas gerando fios mais fortes e grossos. Além do uso domiciliar desses medicamentos, em alguns casos sugerimos o Microagulhamento Capilar (MMP) com vitaminas, fatores de crescimento e medicações que serão entregues diretamente nos locais mais afetados com excelente resposta.

“Aliado a isso, fazemos terapia com vitaminas e minerais injetáveis na veia que aumentam de modo mais efetivo e rápido o aporte de nutrientes necessários a formação de fios mais fortes e densos. Sempre conjunto com medidas comportamentais para diminuição do estresse global, como por exemplo a meditação”, ressalta o médico tricologista.

Tratamentos para atletas de alta performance que sofrem com a queda capilar

Para o médico atuante em dermatologia, Dr. Misael do Nascimento (@dr.donascento), referência em tricologia e saúde capilar, se a queda for temporária, uma dieta equilibrada, que inclui muita proteína e muita hidratação, são maneiras de ajudar a combater esse tipo de perda de cabelo. Mas se a perda de cabelo for severa ou o cabelo não voltar como deveria, existem outros caminhos que você pode explorar em conjunto com o seu médico.

“Neste caso, podemos iniciar o tratamento da calvície com a introdução de fármacos como a finasteride e o minoxidil, que são capazes de diminuir a concentração de diihrotestosterona no corpo. Este é o hormônio responsável pela miniaturização dos folículos capilares e posterior morte dos mesmos. Conseguindo o melhor controle deste hormônio é possível controlar a queda de cabelo”, comenta o cirurgião. “Além disso, o tratamento da alopecia pode ser complementado com a aplicação de nutrientes e vitaminas no couro cabeludo associado ao minoxidil, as quais são realizados em sessões mensais ou semanais dependendo do caso. Outro adjuvante interessante é a LEDterapia realizada em sessões semanais para ajudar no fortalecimento dos folículos capilares”, completa o médico.

Ainda de acordo com o Dr. Misael, a tração é um dos grandes fatores de queda capilar. Puxar, esticar muito o cabelo para prender ou deixá-lo preso em trança por muito tempo propicia a queda. É importante aproveitar o período livre para descansar o cabelo e deixá-los soltos

Para pacientes que desejam um resultado mais consistente, opta-se pela cirurgia de Transplante capilar ou Restauração capilar. A implantação dos folículos é realizada através de técnica microcirúrgica para possibilitar a correta colocação dos mesmos no couro cabeludo e o crescimento na direção adequada.

Os especialistas também indicaram uma série de dicas práticas do dia a dia para atletas manterem o cabelo mais saudável, como:

  • Evitar prender o cabelo em rabos de cavalo ou tranças muito apertados;
  • Não lavar os cabelos com água muito quente;
  • Lavar os cabelos após o treino para evitar danos causados pelo suor excessivo;
  • Optar por acessórios que mantenham a ventilação do couro cabeludo;
  • Usar toucas na piscina para evitar produtos químicos presente na água;
  • Usar Leave-In com proteção solar;
  • Fazer sessões “detox” no cabelo guiadas por terapeutas capilares.

Assessoria

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