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Mendes descarta exigir “passaporte” a alunos nas escolas de Mato Grosso


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O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que não irá exigir dos alunos da rede pública estadual a apresentação de comprovante de vacinação contra a Covid-19 para permitir o retorno deles às escolas. As aulas serão retomadas de forma 100% presencia no dia 7 de fevereiro.

Em todo o país, cinco estados já afirmaram que irão adotar o critério: Bahia, Ceará, Pará, Paraíba e Piauí. A exigência será feita a alunos com idade a partir de 12 anos, uma vez que a imunização de crianças de 5 a 11 teve início neste mês em todo o país.

“Eu não vou adotar essa linha da exigência. Pelo que me foi explicado, somente por força de lei federal pode-se criar esse tipo de exigência”, afirmou.

Eu não vou adotar essa linha da exigência. Pelo que me foi explicado, somente por força de lei federal pode-se criar esse tipo de exigência

Mendes afirmou que vai continuar usando o cargo para alertar que a vacina tem salvado vidas e que mesmo agora quando o país enfrenta uma nova onda da doença, em razão da variante Ômicron, a letalidade é menor do que meses atrás em razão do avanço da imunização.

“O que vou fazer como governador é continuar mostrando dados e informações verdadeiras que temos disponíveis que mostra que grande parte das pessoas que estão morrendo é porque não tomaram vacina ou só tomaram a primeira dose”, disse.

O governador voltou a defender a retomada das aulas presenciais, afirmando que há condições do Estado garantir ambiente escolar seguro para os alunos, com exigência de uso de medidas de biossegurança, como distanciamento, utilização de máscara e álcool em gel e sanitização dos ambientes.

“Temos que parar com essa mania de falar que educação é prioridade, ficar só na conversa e, na prática, não prioriza. Nas escolas, temos todas as condições de criar um ambiente seguro e garantir essa prioridade que nós sempre falamos que a educação tem que ser. Ela não pode ser o primeiro [setor] que para e o último que volta, como tem acontecido no Brasil”, criticou.

“Passaporte” nas escolas

Nos cinco estados que anunciaram a exigência de comprovante de vacinação para a retomada das aulas presenciais em fevereiro, a medida não implica no impedimento dos alunos não imunizados a frequentarem as escolas, mas os pais e responsáveis terão que apresentar justificativa por não ter vacinado a criança ou adolescente.

Especialistas defendem que a obrigação da escola exigir o passaporte visa identificar quem e quantos estudantes não foram vacinados e para encaminhar os casos às equipes de saúde e assistência social. Para eles, as redes de ensino podem ser acusadas de omissão ao não pedir a comprovação.

Eles apontam que a Constituição é clara ao definir que saúde e vacina são direitos da criança e do adolescente e é dever da família, da sociedade e do Estado garanti-los.

Midianews.com.br

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