Política
Manter o avanço + Candidaturas ao governo vão ficando pelo caminho + Os lulapetistas + Tem fartura de candidatos
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Por Coluna Sperança
Manter o avanço
É justa e correta a ampla divulgação dos dados do sistema Deter-B (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, indicando que o desmate na Amazônia caiu 19%. Errada era a confusão criada pelo governo ao contrariar os dados do Inpe, em prática negacionista que só fez arruinar a imagem do Brasil no exterior.
Dados positivos são sempre bem-vindos, mas é preciso evitar uma armadilha que turva o efeito benéfico obtido pela divulgação: dormir nos louros, afrouxar o combate e recair. Para que os bons efeitos perdurem e ganhem musculatura é preciso mantê-los. Não se trata só de agradar aos investidores cautelosos, turistas assustados e clientes exigentes, mas ter presente que o luto na floresta é uma arma que destrói reputações. Quando o luto era causado pelas tragédias naturais, sempre houve empatia com as famílias sofredoras, mas agora as tragédias e rigores climáticos estão associados ao aquecimento global, por sua vez atribuído a más práticas governamentais.
Hoje, a solidariedade se tornou exigência e cobrança política. Há pouco, a Singularity University advertiu que o desmatamento afeta a saúde dos povos da região. Se e quando o clima piora por conta de descuidos ambientais uma palavra começa a ser sussurrada e logo depois gritada: genocídio. É preciso cuidado com as palavras e com a altura em que são pronunciadas.
Pelo caminho
Como ocorre em todas as eleições, algumas candidaturas ao governo estadual vão ficando pelo caminho. Na jornada 2022, o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves tinha cotação elevada para disputar o Palácio Rio Madeira, mas aos poucos foi desistindo da empreitada em vista de compromissos com aliados que lhe deram apoio na reeleição em 2020. Neste momento o intuito do alcaide da capital é indicar sua esposa Ieda Chaves como vice de algum candidato de ponta ou lançar seu nome a Assembleia Legislativa ou a Câmara federal. Certo mesmo é apoiar seu aliado Expedito Junior ao Senado.
Tem fartura
Mesmo sem o tucano Hildon Chaves na lista dos governadoráveis, temos uma fartura de postulantes ao Centro Administrativo de Rondônia. Vejam os nomes: 1- Governador Marcos Rocha (União Brasil) 2- Ex-governador Ivo Cassol (PP) 3 –Senador Marcos Rogério (PL) 4 – Senador Confúcio Moura (MDB) 5 –Ex-deputado federal Anselmo de Jesus (PT). É certo que mais adiante teremos mais postulantes dos pequenos e médios partidos que tradicionalmente lançam nomes na disputa. Pimenta de Rondônia (PSOL) sempre tem se apresentado como candidato.
Os candidatos
O presidente Jair Bolsonaro está escalando seus candidatos aos governos dos estados para as eleições do ano que vem e onde existir mais de dois postulantes esta acertado que ficará em cima do muro. Em São Paulo, o ungido é seu ministro da infraestrutura Tarcísio de Freitas, no Rio Grande do Sul outro ministro, Onix Lorenzoni, em Goiás candidato a reeleição Ronaldo Caiado, igualmente a reeleição no Acre Gladson Cameli, em Roraima Antônio Denariun. No caso de Rondônia, existem três candidatos bolsonaristas: o governador Marcos Rocha (a reeleição pelo União Brasil), o senador Marcos Rogério (PL) e o ex-governador Ivo Cassol (PP).
Os lulapetistas
Também o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva está selecionando seus candidatos pelos estados. Na região Norte, alguns nomes estão sendo especulados, como o ex-deputado federal Anselmo de Jesus em Rondônia, o deputado federal José Ricardo no Amazonas e o ex-governador Jorge Viana, no estado do Acre. Em estados de grande densidade populacional a prioridade é São Paulo, com o nome escolhido o ex-prefeito Fernando Haddad. Não se descartam também composições com outros partidos com a cooptação do ex-governador Geraldo Alckmin para vice de Lula.
As pesquisas
No âmbito nacional as pesquisas seguem indicando uma polarização para as eleições presidenciais do ano que vem envolvendo o ex-presidente Lula (PT) e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Mesmo com números diferenciados todas sinalizam vitória do candidato petista, algumas até com possibilidade de vitória em turno único. Em Rondônia ainda não existem sondagens eleitorais confiáveis – como se sabe, por aqui reina o charlatanismo em pesquisas – mas são considerados inicialmente como favoritos o ex-governador Ivo Cassol (PP) e o senador Confúcio Moura (MDB).
Via Direta
Seguem as especulações em torno da peleja a Câmara dos Deputados: Na região da Bacia Leiteira reina soberana a candidatura à reeleição de Lucio Mosquini e do ex-deputado Carlos Magno. Já, no Cone Sul de Rondônia, polarizado por Vilhena, a jornada é bem fragmentada, se digladiando Evandro Padovani (União Brasil), Natan Donadon e Eduardo Japonês. As primeiras sondagens também indicam disputa renhida no Vale do Jamari, cujo polo regional é Ariquemes, entre o ex-prefeito Thiago Flores, o ex-vice-prefeito Lucas Follador e o ex-senador Ernandes Amorim. Também ex-deputados federais decadentes em termos eleitorais vão se arriscar novamente em 2022: entre eles Lindomar Garçom (Porto Velho) e Luís Claudio (Rolim de Moura) este último já residindo na capital nos últimos anos.
Gentedeopiniao.com.br