Medicina
Chás: Mitos e verdades e quais os benefícios
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Por: Ladinne Campi
Consumido desde a antiguidade, os chás ganham novos consumidores todos os dias. Mas, afinal, possuem efeitos colaterais? Podem ser adoçados? Vale tomar à vontade? Descubra os mitos e verdades.
Camomila, hibisco, verde, mate… Os chás são uma tradição milenar que, reza a lenda, surgiu na China por volta do ano 2.800 a.C. Desde então, os benefícios digestivos, vitamínicos, relaxantes e revitalizantes são buscados por pessoas das mais diversas culturas.
Quem nunca ouviu falar do famoso “chá das cinco”, bebida preferida da rainha Elizabeth e tradição entre o povo britânico? O fato é que não há no mundo nenhum país que incorporou o chá como um hábito diário, tanto quanto a Inglaterra.
No Brasil, o cenário é diferente. O famoso cafezinho é preferência unânime, porém, não se pode negar que o consumo de chá tem sido expressivo, graças à busca por bebidas saudáveis que substituem refrigerantes e demais bebidas industrializadas. Uma pesquisa da Euromonitor International constatou que o consumo de chá no Brasil cresceu quase o dobro da média mundial entre 2013 e 2020. Além disso, um estudo do Sebrae indica que o brasileiro consome cerca de 10 xícaras de chá por ano, estimulando o crescimento do setor, que deve aumentar 43% até 2023.
A aderência destes consumidores têm estimulado a indústria a buscar opções cada vez mais interessantes e atrativas, como a Kombucha, bebida feita a partir da fermentação do chá. Outra novidade é o Bubbletea, um tipo de chá servido com bolinhas coloridas e saborizadas.
Para quem não abre mão da opção tradicional, o destaque fica por conta dos sabores, incrivelmente diversificados. Dentre os mais consumidos por aqui, estão: o chá verde, de camomila e erva cidreira nas primeiras posições, seguidos dos chás de alecrim e hortelã.
O chá verde, por exemplo, é muito conhecido por auxiliar na através de suas propriedades termogênicas e capacidade de auxiliar no controle da glicemia e do diabetes.
Já o chá de camomila é muito associado ao seu efeito calmante. Uma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) descobriu que o consumo regular age sobre os sintomas da TPM, minimizando a e até crises nervosas.
A erva cidreira, por sua vez, tem mais de quinze benefícios: protege a saúde do coração e do fígado, melhora a função cognitiva, facilita a , alivia náuseas e cólicas menstruais e por aí vai…
Em geral, o poder antioxidante e anti-inflamatório dos chás auxilia na cura de doenças e desconfortos causados pelos sintomas. Mas, antes de se render a este recurso que, além de prático, oferece baixo custo, é importante atentar-se a algumas especificidades:
Chás em sachê têm o mesmo efeito da infusão de ervas frescas ou desidratadas?
Os sachês comportam a planta triturada e proporcionam uma experiência agradável quanto ao sabor e aroma. Porém, durante o processo de fabricação, o chá perde alguns nutrientes, como polifenóis e vitaminas.
Pode colocar açúcar no chá?
Não é indicado adoçar o chá. Além de ser considerado um vilão, o influencia na liberação das propriedades do chá e inibe o seu aspecto natural e medicinal.
O chá perde as propriedades quando refrigerado?
Segundo especialistas, as baixas temperaturas anulam as propriedades do chá. O ideal é consumi-lo quente para usufruir de todos os seus benefícios.
Chás possuem contra-indicações e efeitos colaterais?
Diferente do que muita gente acredita, mesmo sendo uma preparação natural, o chá deve ser consumido com parcimônia. A ingestão indiscriminada pode ser prejudicial, proporcionando, inclusive, o ou agravamento de quadros de gastrite. Além disso, em excesso, a bebida pode causar tontura, dor de cabeça, reação alérgica, febre, dor de estômago, entre outros desconfortos.
Mulheres grávidas ou lactantes devem ter uma atenção ainda maior, já que algumas ervas podem provocar aborto e problemas em recém-nascidos. Contar com a orientação de um nutricionista para descobrir quais as propriedades e quantidades indicadas é fundamental.
PERFEITA ALQUIMIA
A princípio, preparar a bebida parece simples. Porém, alguns pontos devem ser observados a fim de preservar as propriedades terapêuticas. A temperatura da água varia de acordo com o tipo de chá, assim como o tempo de infusão para evitar o sabor amargo. Além disso, não é recomendado guardar para depois, pois os efeitos são imediatos.
Por fim, vale ressaltar que chás não são e nem substituem medicamentos. Diante de quaisquer sintomas que comprometam a saúde plena, deve-se buscar ajuda médica a fim de realizar o tratamento recomendado. No ato da consulta, vale, ainda, se certificar quanto à associação de chás e medicamentos, uma vez que algumas ervas podem potencializar ou até anular o efeito dos remédios.
Já que “somos o que comemos (e bebemos)”, precisamos estar conscientes e fazer, sempre, as melhores escolhas. A nossa saúde agradece!
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