Não sou dono de mim – Por Ricardo Oliveira

Minha velhice

Quando eu chegar a velhice, e não houver ninguém para ajudar, desejo que Deus me adormeça, pois como não tenho filhos, e compreendo ser apenas um poeta nascido no amor  do Senhor, sendo dele, quero estar na sua presença. Adormecer nada mais é do que entrar em uma sala de espera, num belo repouso, na esperança de ser atendido pelo médico. Jesus é o médico, no qual, muito me alegra, e pelo qual, minha vida se entrega.

Não sou dono de mim

Não sou dono de mim, mas Deus sim. Foi ele quem me formou e conhece quem inteiramente sou. Muitas vezes, percebo com clareza, ter sido chamado para algo maior que minha imaginação, sendo um instrumento da graça, do querer do meu verso adorado. Desde muito antes estar no ventre de minha mãe, na luz da face do Senhor, meus ossos e minha respiração estavam sendo cultivadas no seio do Criador.

O silêncio de Maria

Como conseguistes minha mãe, guardar as palavras do Senhor, em teu coração, a partir do silêncio? Sei que este ato de aquietar minh’alma, significa deixar deus penetrar em mim, a fim de que, ele possa me inspirar com sua docilidade de voz. Tem dias, ser impossível estar em plena comunhão, onde como o mar também tem seus momentos de calmaria, eu tenha esses estados no meu interior, cujo pensamento me lança a navegar…