Mato Grosso
Média de casos e mortes por covid cai até 25% em MT, mas risco não acabou
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Em 30 dias Mato Grosso apresentou uma queda na média móvel de mortes e casos registrados em decorrência da covid-19. A média de vítimas fatais que, há um mês estava 13,4 por dia, hoje caiu para 10,8, o que representa uma baixa de 19,4%. Já quanto aos registros confirmados da doença, eram ao menos 720 por dia, contra aproximadamente 538 atualmente, uma redução de 25,2%
Informações foram coletadas por meio dos dados divulgados diariamente pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), em boletim epidemiológico. Reportagem do comparou o número de casos registrados entre 26 de agosto a 09 de setembro e 10 de setembro a 24 de setembro.
“A pandemia ainda está longe do fim, mas com o aumento contínuo da cobertura vacinal no mundo a covid tende a se tornar uma doença esporádica ou de ocorrência em determinados focos”
Márcia Hueb
De acordo com a médica infectologista e pesquisadora Marcia Hueb, a redução dos casos e das mortes se deve à vacinação. Em Mato Grosso, pouco mais de 30% da população está completamente imunizada contra o vírus. Isso significa, que um pouco mais de um milhão de habitantes receberam duas doses ou a dose única da vacina contra a covid.
“A pandemia ainda está longe do fim, mas com o aumento contínuo da cobertura vacinal no mundo a covid tende a se tornar uma doença esporádica ou de ocorrência em determinados focos, como em grupos não vacinados. A exemplo disso temos a gripe por influenza H1N1, que tanto nos atingiu em 2009 e hoje ocorre ainda, mas de forma esporádica”.
Apesar de ter “avançado” no quesito vacinação, cobertura vacinal em Mato Grosso ainda é aquém do esperado pelos especialistas. De acordo com as pesquisas, é preciso que ao menos 70% da população esteja completamente imunizadas para “frear” o avanço do vírus.
Por isso, a infectologista alerta que, mesmo com a queda da média móvel de casos e mortes, ainda é necessário o cumprimento das medidas de distanciamento social e a utilização de máscaras de proteção facial.
Rodinei Crescêncio
Especialista ressalta que há ainda o risco de novas ondas de transmissão acelerada, com elevação das hospitalizações e mortes.
“Festas, reuniões familiares e mesmo a presença de crianças e jovens em sala de aulas são situações que favorecem a transmissão viral, porque o distanciamento não é mantido e o uso de máscaras pode ser negligenciado. Não é o momento ainda para festas, reuniões familiares devem acontecer para poucos e com muitos critérios”, finalizou.
Até essa sexta (24), estado acumula 534.111 casos de infecções pelo vírus desde o início da pandemia em março de 2020, além de 13.762 mortes em decorrência dele. Outras 516.016 pessoas já se recuperaram da doença.
Rdnews.com.br