Saúde
Ansiedade Infantil: saiba como controlar
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Ainda que seja negligenciada por muitos pais, ou confundida com birras, teimosia e comportamentos inadequados, a ansiedade infantil é uma realidade que exige a atenção dos adultos que cuidam da criança.
Especialmente na infância, período em que toda a estrutura emocional e valores do indivíduo são formados, zelar pela sua saúde mental dos pequenos pode fazer toda a diferença na pessoa que se tornarão no futuro.
Para se ter uma ideia do quanto esse problema, infelizmente, se tornou comum, o Brasil tem o maior índice de pessoas ansiosas do mundo, segundo dados da OMS, Organização Mundial da Saúde.
Mas como identificar se o seu filho está passando por esse problema? Quais impactos essa condição pode causar na vida dele? Como é feito o tratamento? Tem cura?
Confira, neste artigo, essas e outras respostas sobre ansiedade infantil e promova maior bem estar para as suas crianças!
O que é a ansiedade infantil e qual o seu impacto?
A ansiedade é uma reação normal de todas as pessoas frente a uma situação de aparente perigo. Esse sentimento, na verdade, pode até ser visto como um mecanismo de defesa humana.
É a ansiedade que dá ao organismo humano respostas comportamentais, cognitivas e emocionais.
Por exemplo, você pode se sentir ansioso antes de uma viagem e, para evitar problemas, se certificar que sua passagem e bagagem estão em ordem. Ou quando precisa falar em público, essa sensação pode ajudar a fazer boas anotações para garantir que tudo saia como planejado.
O problema é quando a ansiedade sai desse patamar de normalidade e passa a “controlar” a vida de uma pessoa, causando preocupações e medos exagerados que a impedem de viver normalmente, ou até mesmo de cumprir com os seus deveres.
A ansiedade infantil segue a mesma linha, e pode se manifestar nas tarefas do dia a dia, por exemplo quando a criança precisa ir para a escola, fazer uma prova, se distanciar dos pais ainda que temporariamente, etc.
Neste ponto, é importante destacar também que existem diversos outros fatores que contribuem para que ansiedade em crianças seja desencadeada. Alguns motivos são:
- predisposição genética;
- acidentes e experiências traumáticas;
- baixa autoestima;
- aspecto social (local onde vive).
Principais sintomas da ansiedade infantil
Os principais sintomas físicos e emocionais da ansiedade infantil são:
alterações de comportamento (isolamento social);
alterações no apetite;
falta de ar;
preocupação excessiva;
queixa de dor de cabeça e/ou tontura;
tensão muscular;
sudorese;
alterações gastrointestinais;
dificuldades para dormir;
baixo rendimento escolar;
dificuldade de aprender coisas novas; seja em casa, seja na escola;
medo de ir para novas fase da vida, por exemplo, largar a mamadeira, chupeta, etc;
abatimento;
irritabilidade;
mudança de humor;
dificuldade de concentração;
desmotivação para fazer atividades que antes gostava.
Classificações de ansiedade infantil
É bem importante também que você saiba que a ansiedade infantil tem várias classificações e, além disso, pode evoluir para outros transtornos psicológicos.
Quanto à classificação, a ansiedade pode ser considerada um Transtorno de Ansiedade Generalizada, ou um Transtorno de Ansiedade de Separação, condição que costuma ser mais comum em crianças pequenas.
Sobre os demais transtornos, essa condição, quando não tratada adequadamente, pode evoluir para:
Transtorno de Estresse Pós-traumáticos;
Transtorno de Pânico (especialmente em adolescentes);
Fobias Específicas;
Fobias Sociais;
Depressão.
Como tratar a ansiedade em crianças?
O tratamento da ansiedade infantil é essencial para dar à criança a chance de uma vida adulta mais saudável. Porém, é preciso ter em mente que essa condição não tem cura. Na verdade, a pessoa aprende a lidar com o sentimento de modo a garantir mais qualidade de vida.
O diagnóstico e tratamento só podem ser feitos por profissionais especializados, como psicólogos e psiquiatras.
De modo geral, o tratamento para a ansiedade infantil costuma ser:
acompanhamento psicológico;
aplicação de terapia cognitiva comportamental;
uso de medicamentos apropriados.
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