Aripuanã
Monitoramento de fauna registra mais de 90 espécies de mamíferos em Aripuanã
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A pesquisa de fauna é realizada pela Nexa desde 2019 com a implantação do Projeto Aripuanã
A Nexa realizou, no período de 21 a 28 de junho, a 8ª Campanha de Monitoramento da Mastofauna Terrestre em Aripuanã. O monitoramento da fauna, que tem como objetivo identificar as variações populacionais das espécies de animais silvestres, é realizado por uma equipe composta por nove biólogos, especialistas em diferentes grupos, que atuam na supervisão de fauna nas áreas vegetais e operacionais do Projeto Aripuanã. O estudo da mastofauna visa o acompanhamento direcionado às espécies de mamíferos que vivem em uma determinada região e de 22 de fevereiro a 01 de março deste ano comtemplou a 7ª campanha de monitoramento das espécies.
O Programa de Monitoramento de Fauna, que integra o PCA – Programa de Controle Ambiental do Projeto Aripuanã, registrou, desde 2019, quando foi iniciado, 93 espécies de mamíferos, sendo 38 de pequenos mamíferos não voadores e 55 espécies de voadores (morcegos). Durante as pesquisas uma espécie endêmica da região amazônica, o Mico-de-Aripuanã, foi identificado em seu habitat natural. O animal apresenta distribuição no interflúvio Aripuanã/Roosevelt, principalmente nos estados do Amazonas e Mato Grosso, abrangendo toda a bacia do rio Guariba.
Dentre as outras espécies que habitam na região, algumas das identificadas nesse período foram a jaguatirica, Lobete, Queixada, Tatu-galinha, Anta, Tamanduá mirim e o Macaco barrigudo. Nas duas últimas campanhas foi reconhecida a presença inédita de um Tapiti, conhecido também como lebre ou coelho do mato e de um rato do mato.
O analista ambiental da Sete Soluções e Tecnologia Ambiental, Josué Silva que acompanha as ações realizadas no projeto, explica que a periodicidade das campanhas, que ocorrem em etapas trimestrais, segue a sazonalidade da região. “A periodicidade dos programas de monitoramento de fauna tem como principal objetivo avaliar espécies em período de chuva e de seca, cuja importância é verificar a dinâmica das espécies nas áreas de estudos em estações distintas”, esclarece.
Formas de registros: para os morcegos, o método de captura utilizado foi a interceptação de voo por meio de redes de neblina e metodologia de sonar. Os mamíferos não voadores são identificados através de gaiolas de arame galvanizado com sistema de gancho, conhecidas como live-traps e câmera traps (registros fotográficos), além do monitoramento por censo de varredura, realizado no trajeto de caminhadas ao longo das trilhas, carreiros de animais e estradas antigas para detecção visual das espécies terrestres ou vestígios como pegadas, fezes e buracos.
A Analista de Meio Ambiente do Projeto Aripuanã, Rafaela Carvalho Louvison Ferrari, explica que as incursões são realizadas em horários estabelecidos e para atender às metodologias de cada grupo de mamíferos. “Os horários das incursões levaram em consideração a biologia do grupo faunístico estudado, desse modo, as campanhas foram realizadas diurno e noturno, respeitando os horários de atividades de cada grupo monitorado”, explica Rafaela.
“O monitoramento de fauna em seus diferentes ambientes de pesquisa será realizado ao longo de toda a fase de implantação e durante a operação do Projeto Aripuanã, para que as populações de animais silvestres continuem a frequentar o seu habitat natural. Desse modo, buscamos sempre desenvolver ações cada vez mais sustentáveis no empreendimento”, afirma Rodrigo Fonseca, Gerente Geral de Mineração do Projeto Aripuanã.
Preservação Ambiental: Até o primeiro semestre deste ano, a Nexa já resgatou, avaliou e fez a soltura de mais de 800 animais, na região Noroeste de Mato Grosso. A ação faz parte do Programa de Acompanhamento de Supressão Vegetal e Eventual Resgate de Fauna do Projeto Aripuanã. Os animais são oriundos de áreas de supressão vegetal ou das áreas operacionais do empreendimento. Depois de resgatados os animais são avaliados pela equipe e em caso de necessidade são encaminhados para Clínica Veterinária local para atendimento médico, onde é realizada a triagem, identificação, avaliação e tratamento clínico adequado para os animais. Em seguida, os animais são reintroduzidos em novos ambientes similares ao de origem, assegurando a preservação do bem-estar do animal e atendendo aos procedimentos relativos ao manejo em áreas de influência do empreendimento. Todos os cuidados e monitoramento estão sob o olhar da equipe de consultores e o time ambiental da empresa.
Assessoria: