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MT: Max diz que coligações são injustas e espera rejeição no Senado


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O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB) criticou a possibilidade de retorno das coligações partidárias, medida prevista na reforma eleitoral aprovada pela Câmara Federal na terça-feira (17) e que segue para votação no Senado. Para ele, o sistema é injusto.

“Espero que o Senado não aprove isso, não avance nessa proposta. Ainda vai ter muita discussão e a gente sabe das articulações em Brasília”, afirmou, em entrevista à Rádio Jovem Pan.

Para Russi, a mudança nas regras eleitorais impacta em todo o trabalho partidário já feito no PSB, por exemplo, ao longo dos últimos meses.

A coligação acaba atrapalhando tudo isso, porque é outra análise, outra conta que deve ser feita

“Muda bastante [o cenário]. Vínhamos fazendo uma construção partidária, conseguimos fazer isso na eleição de vereadores e prefeitos, e se a eleição fosse hoje conseguiríamos com tranquilidade uma chapa bem distribuída de candidatos a deputados estaduais”, disse.

“E a coligação acaba atrapalhando tudo isso, porque é outra análise, outra conta que deve ser feita. Se tiver coligação, teremos 8 ou 10 [candidatos], não 36”, exemplificou.

O presidente salientou que, atualmente, o PSB tem vários pré-candidatos ao Legislativo, mas em caso de coligação com um partido que tenha poucos candidatos, há possibilidade de a legenda que lançou menos nomes “tomar as vagas”, o que não seria um resultado justo.

“A possibilidade é muito maior [de que eles fiquem com as vagas] do que você que fez toda uma construção. Às vezes, você faz uma quantidade de vagas muito maior, mas dois ou três candidatos numa coligação conseguem levar as vagas disponíveis”, disse.

Reforma eleitoral

A reforma aprovada pela Câmara prevê a volta das coligações nas eleições proporcionais (deputados e vereadores) a partir de 2022, entre outros assuntos.

Para que a medida entre em vigor, a proposta precisa virar emenda constitucional antes do começo de outubro, ou seja, um ano antes do pleito.

Hoje, a emenda vigente é a aprovada em 2017 e proíbe as coligações, que não puderam ser usadas nas eleições municipais de 2020.

“Felizmente, até a data limite para aprovação de que qualquer mudança, estaremos a um ano da eleição e vai dar para fazermos uma nova organização. Mas, particularmente, acho que a preocupação maior é a Câmara Federal”, afirmou.

“Porque temos um número pequeno de deputados federais e todos os partidos realmente estão encontrando dificuldade para montar essas chapas”, concluiu.

Midianews.com.br

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