MT: Botelho considera urna eletrônica segura e dá como encerrado assunto sobre voto impresso

O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL/MT), deputado Eduardo Botelho (DEM), em entrevista à imprensa nesta quarta-feira (11.08), avaliou como encerrada as discussões sobre o voto impresso, após a Câmara dos Deputados rejeitar a PEC do Voto Impresso na sessão de ontem à noite.

Botelho ressaltou que nunca houve nenhuma comprovação de fraude nas eleições pelo sistema de voto com a urna eletrônica e lembrou do período anterior à urna.

“Eu acho que a questão do voto impresso está encerrada. Quando o voto era manual, por escrito, quanta corrupção tinha, um tal de voto corrente, tinha urna que sumia, trocava votos, tinha de tudo! Eu acredito que com a urna eletrônica é muito mais seguro”, argumentou Botelho.

Como ex-presidente da Assembleia Legislativa, Botelho foi questionado se o desfile de blindados realizado na manhã de ontem (10), na Esplanada dos Ministérios, significa uma ameaça ao Parlamento já que no mesmo dia aconteceria a votação da PEC do Voto Impresso.

“Eu acho que não tem nada de ameaça, foi uma coincidência. É pura falta de bom senso. Primeiro, fazer um convite para levar tudo aquilo de tropa, mas eu acredito que não há ameaça. Só simplesmente falta de bom senso”, opinou o deputado.

Ele também opinou sobre a PEC 125/11 – em tramitação na Câmara dos Deputados -, que adota o modelo “distritão” em que são eleitos os mais votados. Botelho avaliou como ruim por “enfraquecer” os partidos. O modelo não considera os votos dados aos partidos, como acontece no atual sistema proporcional.

“Eu acho que o ‘distritão’ é tão ruim porque enfraquece os partidos, na medida que você vai escolher simplesmente aqueles que são mais votados você vai enfraquecer os partidos. Favorece quem tem mais dinheiro, quem tem mais nomes, mais estrutura. Então tudo isso eu acho que não é bom”, declarou Botelho.

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