Acre
Em 3 meses, bombeiros resgatam 759 animais silvestres em áreas urbanas no AC devido às queimadas
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Além dos riscos à saúde humana e danos ao meio ambiente, as queimadas registradas neste período do ano também são danosas aos animais que são obrigados a fugir para a área urbana. Dados do Corpo de Bombeiros apontam um crescimento de resgates no Acre.
O levantamento dos bombeiros mostra que entre o mês de maio até esta quarta-feira (11) de agosto, foram resgatados 759 animais, o que representa um aumento de 5% comparando com o mesmo período de 2020 quando foram feitos 721 resgates.
Além desse aumento, os números dos meses de maio, junho e julho e os primeiros dias de agosto representa quase metade dos resgates feitos durante os primeiros seis meses do ano, que teve um número de 1.764, entre janeiro a junho.
Fogo em vegetação obriga animais fugirem para áreas urbanas — Foto: Asscom/PM-AC
Animais são obrigados a fugir
O assessor de comunicação dos bombeiros, Felipe Santiago, faz o alerta e diz que as ações aumentam de forma significativa porque os animais são obrigados a fugir.
“Com o início destas queimadas, que são sazonais na nossa região, um costume que foi criado no estado do Acre nesse período, muitos animais sofrem tanto porque perdem seu habitat como são obrigados a vir para a parte urbana”, pontua.
Um destes casos foi registrado na cidade de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, quando o Batalhão Ambiental da Polícia Militar fez o resgate de um sagui que foi atropelado e encontrado na estrada com lesões. O animal foi levado ao Centro de Zoonoses do município, recebeu atendimento e deve ser devolvido à floresta.
Além disso, Santiago ainda pontua que além dos resgates, o maior problema é que muitos destes animais acabam não sobrevivendo por não conseguirem fugir das chamas.
“Dai a quantidade de capturas e resgate de animais aumenta nossa demanda, como também alguns chegam a morrer durante os incêndios florestais, principalmente, por causa de incêndios que se alastram rapidamente, devido essa época ser favorável para isso e quando o animal tenta fugir, já não consegue”, conclui.
G1.globo.com