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Campanha arrecada mais de R$ 100 mil para famílias que ficam na fila de doação de ossos em açougue em Cuiabá


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Uma campanha realizada pela internet arrecadou R$ 103,5 mil para ajudar as famílias em situação de vulnerabilidade social que formam fila para ganhar ossos doados por um açougue localizado no Bairro CPA II, em Cuiabá. Mais de 2,4 mil pessoas se solidarizaram com o caso e já doaram.

A vaquinha online foi organizada pelo site Razões para Acreditar em parceria com a ONG Asna (Ação Social Nova Aliança), que atua na capital mato-grossense. Ambos informaram que o valor arrecadado será usado para comprar e entregar uma cesta básica e 2 kg frangos para cada família.

“Vimos que com a vaquinha poderíamos fazer algo por eles e foi assim que demos início a toda essa ação”, disse Jéssica Souza, coordenadora das campanhas da Voaa, a plataforma de arrecadação do Razões para Acreditar.

Pessoas carentes formam fila para ganhar ossos doados por açougue de Cuiabá — Foto: TV Centro América

Pessoas carentes formam fila para ganhar ossos doados por açougue de Cuiabá — Foto: TV Centro América

A campanha foi aberta no dia 30 de julho e tinha como meta inicial conseguir R$ 89 mil, a fim de ajudar 600 famílias. Apesar de a meta já ter sido alcançada, a vaquinha ficará aberta até o dia 8 de agosto porque ainda há interessados em ajudar. O valor a mais será usado para auxiliar mais pessoas carentes e acrescentar itens às cestas básicas, segundo a Voaa e a ONG.

“Estamos fazendo o levantamento para ver quantas famílias a mais vamos beneficiar. E vamos incrementar as cestas. Vamos montar um kit próprio para as crianças. Então, estamos fazendo a cotação de leite, bolachas, bolinhos, bisnaguinhas”, disse Ariana Paim, orientadora jurídica da ONG Asna.

Conforme Ariana, não há uma data para o início da entrega dos alimentos, mas a previsão é que isso comece a ser feito ainda neste mês.

Vulnerabilidade

O açougue onde as pessoas formam as filas distribui os ossos há dez anos, mas a procura tem aumentado nos últimos meses por causa da crise provocada pela pandemia. A distribuição, que antes era uma vez por semana, agora é realizada três vezes. A situação foi mostrada em reportagem do Fantástico.

Além da campanha para ajudar as famílias, a repercussão do caso também trouxe mais resultado positivo: Niniane de Sousa, catadora de materiais recicláveis que ficava na fila para pegar os ossos doados, conseguiu um emprego na área de serviços em uma loja de correspondente bancário.

G1.globo.com

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