Mato Grosso
Em um ano, famílias beneficiadas com o Bolsa Família em MT aumentam 14%
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O número de famílias beneficiadas com o programa Bolsa Família, do governo federal, aumentou em mais de 18 mil em um ano em Mato Grosso. Em 2019, um total de 143.439 famílias recebiam o auxílio e, no ano passado, esse número subiu para 161.687, o que representa um crescimento de 14%.
Essas 161 mil famílias são compostas por 521.277 pessoas que necessitam do auxílio. Cerca de 104 mil famílias têm renda per capita de até R$ 89.
A pandemia da Covid-19 pode ser um dos fatores desse aumento. Muitas pessoas perderam o emprego e precisaram buscar outras formas de trabalho para conseguir alimentar a família.
De acordo com o Ministério da Cidadania, em Mato Grosso o valor do auxílio no ano passado era de R$ 175, 44. O valor recebido pelas famílias varia de acordo com o perfil de renda, tamanho e composição familiar.
Segundo o boletim, mesmo após a concessão dos benefícios financeiros, algumas famílias permanecem com renda familiar menor ou igual a R$ 89 por pessoa.
Nesses casos, as famílias recebem o Benefício para Superação da Extrema Pobreza (BSP), uma complementação para que a família ultrapasse o valor de R$ 89 por pessoa, superando a situação de extrema pobreza.
Em novembro de 2020, no Brasil, mais de 6 milhões de famílias receberam o BSP, com R$ 95,94 de valor médio deste tipo de benefício.
De acordo com o Ministério da Cidadania, 185.137 famílias vivem em situação de pobreza em Mato Grosso e 87% delas recebem o Bolsa Família.
Pelo grau de vulnerabilidade social alguns grupos são considerados prioritários no processo de ingresso no Bolsa Família como indígenas, quilombolas, famílias em situação de trabalho infantil, pessoas libertas de trabalho escravo e catadores de material reciclável.
Para receber o auxílio, é preciso que os beneficiados sigam condicionalidades e tenham acesso aos serviços básicos de redução e saúde.
Na área de educação, para os alunos de famílias que recebem o Bolsa Família, é necessária a frequência escolar mensal mínima de 85% para crianças e adolescentes 6 a 15 anos e para jovens de 16 e 17 anos, de 75%.
O registro do acompanhamento da frequência escolar é feito cinco vezes ao ano, por meio do Sistema Presença do Ministério da Educação (MEC).
Na saúde para a melhoria das condições de vida dessa população beneficiada, as famílias precisam assumir o compromisso de acompanhar o cartão de vacinação e o crescimento e desenvolvimento das crianças menores de 7 anos.
Mulheres na faixa de 14 a 44 anos também devem fazer o acompanhamento e, se gestantes, devem realizar o pré-natal.
O descumprimento dessas condicionalidades sinaliza que, por algum motivo, as famílias estão tendo dificuldades no acesso a esses serviços básicos que podem ser reflexo de situações de vulnerabilidade ou risco social.
G1.globo.com