Mato Grosso
Mais 130 venezuelanos são levados de Roraima a outros quatro estados
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Mais 130 imigrantes venezuelanos foram transferidos de Roraima para Cuiabá, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro nesta terça-feira (24).
Os venezuelanos embarcaram em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) no Aeroporto Internacional Brasil Cantanhede, em Boa Vista. O voo decolou às 8h36 (horário local).
Dos 130 imigrantes a maioria irá para Brasília (50), seguido de Rio de Janeiro (36), Cuiabá (24), e São Paulo (21). Esse foi o sexto voo do chamado processo de interiorização, que consiste em levar venezuelanos recém-chegados a Roraima a outras partes do país.
Todos os selecionados aceitaram ser transferidos, foram vacinados, submetidos a exame de saúde e regularizados no Brasil – inclusive com CPF e carteira de trabalho, informou a Casa Civil da Presidência. Eles viviam nos abrigos Jardim Floresta, Nova Canaã, São Vicente, Rondon 1, Santa Tereza, Latife, Hélio Campos, Tancredo e na Igreja Consolata.
Em Cuiabá, os venezuelanos ficarão no Centro Pastoral do Migrante, da Sociedade dos Missionários de São Carlos. Este local recebe, em geral, homens e mulheres sozinhos, além de mulheres com crianças e também famílias.
O Aldeias Infantis SOS será a organização responsável pelo acolhimento em Brasília, atendendo prioritariamente famílias com crianças.
Em São Paulo, o destino dos venezuelanos será a Casa do Migrante Missão Paz, que recebe homens ou mulheres sozinhos, além de mulheres com crianças e famílias.
No Rio de Janeiro, mulheres e crianças serão recebidas na Casa de Acolhida Papa Francisco, administrada pelo Programa de Atendimento a Refugiados da Cáritas RJ.
Os venezuelanos vão sem emprego garantido nos destinos finais, mas podem permanecer nos abrigos por até três meses. Caso não consigam trabalho nesse período, o prazo de permanência pode ser revisto.
O processo de interiorização dos imigrantes é uma tentativa de lidar com o intenso fluxo de venezuelanos que cruzam a fronteira do Brasil por Roraima fugindo do regime de Nicolás Maduro. O primeiro voo foi em abril e até agora 820 venezuelanos já foram interiorizados.
O processo tem o apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), da Agência da ONU para as Migrações (OIM), do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).