Acre
Fábrica de gelo que teve vazamento de gás no AC estava com certificado desatualizado, diz Corpo de Bombeiros
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A fábrica de gelo aonde ocorreu um vazamento de gás amônia no último sábado (3), na Vila Acre, em Rio Branco, estava com certificado desatualizado. A informação é do Corpo de Bombeiros, que esteve no local para uma fiscalização.
O tenente Francimar Ely Nascimento, dos Bombeiros, informou que uma equipe técnica esteve no local nessa segunda-feira (5) para tratar sobre a certificação da empresa.
“Ela [fábrica] tinha um processo anterior, no entanto, a empresa cresceu e precisa que haja a atualização desse processo. É importantíssimo, porque não estamos tratando apenas do patrimônio da empresa, estamos tratando primeiramente de vidas e essa é a preocupação do Corpo de Bombeiros, primeiramente as vidas, tanto das pessoas que estão trabalhando naquele local, como das pessoas que vão ser atendidas no entorno”, afirmou.
A empresa foi notificada pelos Bombeiros e deve comparecer em um prazo de três dias úteis para regularizar a situação. O tenente destacou ainda que a recomendação é que estabelecimentos comerciais que usem esse tipo de gás fique mais distante de casas e, se não for possível, que tome os cuidados cabíveis para cada tipo de produto.
Atendimentos
Cinco pessoas precisaram ser socorridas: uma mulher grávida, três homens na fábrica, um deles com mobilidade reduzida, e mais uma vítima que mora na casa ao lado da fábrica. Três viaturas do Corpo de Bombeiros foram mobilizadas para atender a ocorrência.
Duas, das cinco vítimas, foram conduzidas ao hospital pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), com quadro estável, de acordo com os bombeiros. Ainda conforme os bombeiros, o proprietário informou que o vazamento foi causado após o rompimento do vidro de um dos tanques.
Por causa do alto risco do produto, os bombeiros precisaram utilizar equipamentos de proteção individual adequados, para máxima proteção respiratória, da pele e dos olhos. Os bombeiros fizeram o isolamento de 100 metros da área e retiraram os moradores do entorno. Todo o procedimento demorou em torno de duas horas.
Os militares ficaram no local até que houvesse segurança aos moradores da região. As vítimas e os bombeiros que entraram na zona quente passaram por limpeza e desinfecção.
Bombeiros precisaram de equipamento para proteção máxima — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação
G1.globo.com