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Botelho diz que polícia é independente e possibilidade de ‘aparelhamento’ da Deccor é zero
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O primeiro secretário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado estadual Eduardo Botelho (DEM), afirmou que não há a mínima chance de haver aparelhamento entre o Estado e a Delegacia Especializada em Combate à Corrupção (Deccor), como denunciou o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Segundo Botelho, a Polícia é independente e, inclusive, para fazer as investigações é necessária autorização da justiça.
“Essa possibilidade não existe. Porque a Polícia é independente, as investigações são independentes, e não existe nem meio legal de o governador chegar lá na delegacia e colocar lá que é para eles investigarem alguém, para fazer tal coisa. Isso não tem, é um trabalho que precisa ser.… primeiro para investigar precisa ter autorização do judiciário, então o governador não teria todos esses mecanismos para chegar no judiciário, chegar no Ministério Público, então essa possibilidade é zero”, argumentou Botelho, em evento do governador Mauro Mendes (DEM) na noite da última quarta-feira (23).
O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) encaminhou pedido de investigação à Corregedoria da Polícia Judiciária Civil (PJC-MT), após denunciar que haveria intervenção política na Deccor. Na última quarta-feira (23), ele afirmou que o governador Mauro Mendes (DEM) é o “mentor intelectual” da suposta perseguição a sua gestão. O emedebista ainda disparou que o democrata tem “dois braços” na instituição: o delegado-geral Mário Demerval, e o titular da delegacia, Eduardo Botelho.
Em entrevista à imprensa, Emanuel afirmou que não esperava que os deputados estaduais o ajudassem nesta investigação, e citou uma denúncia que fez ao deputado Botelho sobre mudanças de delegados, e que foi ignorado. Para Botelho, estas denúncias não tiveram importância.
“À época os próprios delegados estavam meio contraditórios, um queria vir, outro não queria vir, o sindicato não era muito favorável à vinda deles, e existiam vários posicionamentos contra, e nós também não vimos tantos motivos para fazer uma discussão dessa, a meu ver uma discussão irrelevante o remanejamento de alguém, de um funcionário, de um delegado, seria uma discussão irrelevante, por isso nós não tocamos para frente. Não ia produzir nada”, disparou o parlamentar.
Botelho ainda voltou a pedir que Emanuel e Mauro parem com as discussões: “Eu já defendi várias vezes que parem com isso porque prejudica, acaba tendo uma prejudicialidade para algumas ações que poderiam estar trabalhando em conjunto, como é o caso do BRT, poderiam estar junto nessa construção e dar celeridade nisso, e então essa briga não é boa para ninguém, é o jogo do perde-perde, o melhor é o jogo do ganha-ganha, todos juntos, todos trabalhando por Cuiabá. Isso que eu defendo, isso que eu gostaria. Mas existe uma relação aí, o governador também não tem deixado de investir em Cuiabá, tem grandes investimentos em Cuiabá, quase R$ 1 bilhão de investimentos em Cuiabá”, afirmou.
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