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Direto de Brasília

‘Nunca participei nem tomei conhecimento’, diz ex-número 2 da Saúde sobre ‘gabinete paralelo’


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Questionado sobre a existência de um “gabinete paralelo” de aconselhamento do governo na pandemia, o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, disse à CPI da Covid que não participava do grupo nem tinha conhecimento do que era tratado.

“Que eu tenha conhecimento, esse grupo não teve nenhuma ação sobre a gestão do ministério ou das suas secretarias finalísticas”, disse Franco. “Nunca participei nem tomei conhecimento do que era tratado nesse grupo”, completou.

A existência de um “gabinete paralelo” é um dos principais eixos de investigação da comissão parlamentar de inquérito, que quer saber se os conselhos dados a Bolsonaro contrariaram a ciência e prejudicaram o combate à pandemia no país.

Apontado pela CPI por ser um dos integrantes do grupo, o deputado Osmar Terra (MDB-RS) foi convocado nesta quarta para dar depoimento à comissão.

À CPI, Élcio Franco admitiu que se reuniu com Osmar Terra enquanto estava no Ministério da Saúde. Mas, segundo ele, o encontro serviu para discutir a destinação de emendas de interesse do deputado.

Já sobre Nise Yamaguchi, outro alvo da CPI como possível integrante do “gabinete paralelo”, Franco disse ter a encontrado “uma ou duas vezes” e que a visita era motivada para tratar sobre ciência e tecnologia. “Eu a encaminhei à Secretaria de Ciência e Tecnologia. Não me recordo qual era a pauta”, afirmou.

Outros supostos integrantes

Élcio disse ter uma relação “amistosa” com o empresário Carlos Wizard e que o conheceu em Boa Vista (RR), durante a Operação Acolhida, que recebia refugiados da Venezuela. Wizard chegou a ser cotado a assumir uma secretaria no ministério.

Élcio contou que o empresário estava atuando para a aquisição de vacinas privadas para imunizar os seus colaboradores. Segundo o ex-secretário executivo, Wizard “não exerce influência no ministério”.

O ex-secretário executivo disse ainda desconhecer os médicos Luciano Azevedo e Paolo Zanotto, afirmou que encontrou o ex-assessor especial Arthur Weintraub em cerimônia no Palácio do Planalto e negou ter tido contado com o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente da Repúbilca. Todos eles são apontados como parte do chamado aconselhamento paralelo.

G1.globo.com

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