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Ciência x charlatanismo + Obras federais + Prévias tucanas + As trajetórias
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Cabe à ciência mediar o campo extenso aberto entre o valioso conhecimento ancestral dos povos da floresta sobre plantas medicinais e o charlatanismo, que consiste em aconselhar e receitar medicações inócuas, inadequadas ou impróprias.
Essa necessária mediação depende de apoio às pesquisas em andamento ou por iniciar. No caso da pandemia e suas variantes, o risco de resvalar para receitas sem comprovação precisa ser evitado para reduzir a mortalidade.
Contornada a irresponsabilidade criminosa do charlatanismo, a mediação rápida da ciência terá o poder salutar de incluir no portfólio da bioeconomia regional milhares de produtos derivados da diversidade amazônica. Bem cotadas, onipresentes nos conselhos das vovós índias e já com pesquisas bem-sucedidas, há o exemplo de plantas como a unha-de-gato, anti-inflamatório reconhecido pela Anvisa.
Plantas menos conhecidas, como o uxi amarelo, ou mais mencionadas, como a Marapuama, também figuram em projetos de pesquisa com resultados animadores em diversos campos. Tendo o cuidado de se prevenir contra o charlatanismo, que empurra itens impróprios, desviando os enfermos da verdadeira cura ou os levando a quadros de envenenamento por inadequação, só a ciência pode distinguir a fitoterapia eficaz de um efeito que na pretensão de ser placebo conduz à piora ou morte dos infelizes e crédulos pacientes/consumidores.
Na peleja
Com as malas prontas para o Patriotas e já formando uma coalizão para disputar a reeleição, o governador Marcos Rocha já tem três grandes candidatos a Câmara dos Deputados no seu arco de alianças, dentro da sua administração: o secretário da Agricultura Evandro Padovani, o secretário da Saúde Fernando Máximo e Junior Gonçalves, afastado da Casa Civil, mas já percorrendo o estado. Seu candidato para a dobradinha ao Senado ainda não foi definido, mas deve sair de Ji-Paraná, pelo que se comenta nos círculos políticos.
Obras federais
O governo Bolsonaro retoma algumas obras em Rondônia neste verão, como é o caso da dragagem do Rio Madeira, necessário para ampliar o corredor de exportação de grãos na chamada hidrovia da madeira, ligando os portos de Porto Velho (RO) a Itacoatiara (AM), pertencente ao arco norte de infraestrutura. Também foi iniciada a ponte do Araras, que liga Nova Mamoré a Guajará Mirim, cuja ponte de ferro construída nos idos da Estrada de Ferro Madeira Mamoré no século passado será substituída e licitada a recuperação da BR 429.
Prévias tucanas
Os tucanos são indecisos e ficam em cima do muro até para escolher seus candidatos a presidência da República. Se depender do ex-presidente Fernando Henrique, o nome a ser escolhido nas prévias que serão realizadas no mês de novembro, será do senador Tasso Jereissati, alcunhado de Joe Biden brasileiro. Mas o almofadinha João Dória (SP) e o governador Eduardo Leite (RS) já confirmaram a intenção de participar do processo de escolha assim como o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio.
Polo da Amazônia
Encravado no meio de Porto Velho e Cuiabá, o município de Vilhena vai se transformando num dos maiores polos de desenvolvimento da Amazônia. Impulsionado pelo agronegócio – principalmente pela soja, carne e derivados – o município que mais cresce no estado se tornou um centro que irradia influencia para uma dúzia de cidades rondonienses e mais meia dúzia do Mato Grosso. Com a bola toda, Vilhena reconquistou os voos da empresa Azul pós-covid antes de Ji-Paraná (região central) e Cacoal (Região do Café) já em operação.
As trajetórias
Vilhena sobe como um foguete e pelo seu índice de crescimento se tornará o terceiro maior município do estado nos próximos anos, ultrapassando Ariquemes, depois de deixar Cacoal para trás. A cidade portal da Amazonia, lembra as trajetórias de cidades impulsionadas pela soja pelo Brasil afora como Cascavel (PR), Rondonópolis (MT), Barreiras e Luís Eduardo Magalhães (BA), Dourados (MS), entre tantas outras. Não bastasse, o prefeito da cidade é muito bom: Eduardo Japonês vacina até nos feriados ao contrário da maioria dos prefeitos rondonienses preguiçosos e omissos no combate ao covid.
Via Direta
Nem bem foi o encerrado o ciclo de chuvas, o nosso inverno amazônico e a estiagem já ameaça os estados do Acre e Rondônia. O nível dos rios tem caído muito e o lençol freático nas duas regiões já sofrendo as consequências sinalizando desde já para uma seca severa no Norte do país neste 2021 . Enquanto isto, em Manaus uma cheia histórica atinge a metrópole amazônica, num contraponto do que ocorre em Rondônia e no Acre . Por lar no Acre o vizinho estado começou o processo de licitação do seu Centro Administrativo Estadual e já foi obrigado a refazer o primeiro edital pela justiça . Muito bafafá por lá. As obras do CPA estão orçadas em R$ 300 milhões.
Autor Carlos Esperança/Gente de Opinião