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Apesar da crise política, Petrobras lidera ações favoritas da Bolsa
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- Para chegar ao resultado, a plataforma de investimentos adotou uma metodologia de cálculo com base no volume financeiro e quantidade de investidores posicionados nos papéis
- No caso da Petrobras, o episódio de intervenção política ajudou a movimentar as negociações com o papel neste ano.
Os primeiros meses de 2021 provocaram muito estresse nas ações de empresas estatais, provocado por fatores políticos sobre as companhias. Um exemplo foi a Petrobras, que viu o seu risco subir após interferências do governo na gestão da empresa. Mesmo com todo o temor dos investidores, a ação preferencial PETR4 da petrolífera foi considerada como a “favorita” no mês de março.
A conclusão é de um levantamento realizado pela Smartbrain sobre os ativos mais comprados da Bolsa. Para chegar ao resultado, a plataforma de controle e consolidação de investimentos adotou uma metodologia de cálculo com base no volume financeiro e quantidade de investidores posicionados nos papéis.
“Não é um ranking de rentabilidade ou de performance risco/retorno, mas sim de tendências de mercado. Mostramos aquilo que os investidores estão fazendo”, diz Cassio Bariani, CEO da Smartbrain.
Em fevereiro, após discordar da política de preços da estatal, o presidente Jair Bolsonaro decidiu mudar o comando da companhia, substituindo Roberto Castello Branco pelo general Joaquim Silva e Luna no cargo de CEO.
Apesar da instabilidade refletir em queda acumulada de 13% neste ano, o episódio de intervenção política na Petrobrasajudou a movimentar as negociações. Segundo Gustavo Bertotti, economista-chefe da Messem Investimentos, o aumento do risco fez a ação desvalorizar em 2021, mas gerou oportunidades para quem buscava rentabilidade.
“O mercado internacional mais positivo também favorece. O barril de petróleo ganhou força e está, em média, 28% mais alto no ano, decorrente de um cenário mais favorável com injeção de liquidez nos mercados”, afirma Bertotti.
O especialista lembra que a Vale (VALE3), em segundo lugar no ranking, sempre divide com a Petrobras a dianteira quando o assunto é volume de negociações, por se tratarem das maiores companhias do País. Em março, a petrolífera e a mineradora atingiram R$ 46,9 bilhões e R$ 65,6 bilhões em volume negociados, respectivamente.
No caso do BTG, que fecha o top 3, o papel BPAC11 ganhou destaque após o banco realizar uma série de aquisições, como a da plataforma Kinvo, em março. Além disso, o economista da Messem ressalta que várias casas de investimentos têm recomendado a compra da ação. “O mercado vem observando de uma forma muito positiva”, diz Bertotti.
Ranking das ações favoritas em março de 2021
Posição | Ação |
1º | Petrobras (PETR4) |
2º | Vale (VALE3) |
3º | BTG Pactual (BPAC11) |
4º | B3 (B3SA3) |
5º | Magazine Luiza (MGLU3) |
6º | Weg (WEGE3) |
7º | Banco do Brasil (BBAS3) |
8º | Itaú (ITUB4) |
9º | Locaweb (LWSA3) |
10º | Via Varejo (VVAR3) |
*Fonte: Smartbrain
Estadao.com.br