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Saiba quem são os 11 senadores titulares da CPI da Covid


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Os blocos partidários já sabem quem vão indicar para ocupar as 11 cadeiras da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da covid-19 no Senado. O apoio ao governo de Jair Bolsonaro deve ser minoria no colegiado, já que há apenas 4 senadores que são mais ligados ao Planalto, e outros 7 que são oposicionistas ou independentes.

Entre os que apoiam o governo estão os senadores Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional do PP; o líder do DEM no Senado, Marcos Rogério (RO); o senador Jorginho Mello (PL-SC) e o senador Marcos do Val (Podemos-ES).

Já na oposição estão Humberto Costa (PT-PE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O grupo dos independentes pode dar trabalho a Bolsonaro, já que seus integrantes votam junto com o governo em diversas matérias, mas são críticos à administração e ao combate à pandemia em diversos pontos.

A divisão de cadeiras dos 11 titulares e 7 suplentes de comissões é feita, tradicionalmente, baseada no tamanho dos blocos partidários que existem na Casa. Para que isso seja alterado dessa vez e outro método de distribuição seja usado, seria preciso um amplo acordo entre os senadores.

Eis quantas vagas de titulares da CPI cada bloco tem direito por essa regra:

  • Bloco MDB, PP e Republicanos – 3 vagas de titulares e duas de suplente;
  • Bloco PSDB, Podemos e PSL – duas vagas de titulares e uma de suplente;
  • PSD – duas vagas de titulares e uma de suplente;
  • Bloco DEM, PL e PSC – duas vagas de titular e uma de suplente;
  • Bloco Rede, Cidadania, PDT e PSB – uma vaga de titular e uma de suplente;
  • Bloco PT e Pros – uma vaga de titular e uma de suplente.

O PSD é o único partido com representação no Senado que não constitui nenhum bloco, por isso também é contado para a distribuição de cadeiras. Ainda assim, mesmo se comparado aos grupos, a sigla é a 3ª maior em tamanho.

Poder360 apurou junto às bancadas quem deve ocupar as vagas destinadas a cada uma delas de acordo com os acordos até agora. Publicamente, nem todas revelam seus indicados, que podem ser trocados até a oficialização da indicação.

Eis a lista completa, por bloco, com suplentes:

  • Bloco MDB, PP e Republicanos 
    • Titulares: Eduardo Braga (MDB-AM), Renan Calheiros (MDB-AL) e Ciro Nogueira (PP-PI);
    • Suplentes: Jader Barbalho (MDB-PA), Luis Carlos Heize (PP-RS) ou Elmano Férrer (PP-PI);
  • Bloco PSDB, Podemos e PSL 
    • Titulares: Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Eduardo Girão (Podemos-CE);
    • Suplentes: Marcos do Val (Podemos-ES);
  • PSD
    • Titulares: Otto Alencar (PSD-BA) e Omar Aziz (PSD-AM);
    • Suplentes: Angelo Coronel (PSD-BA);
  • Bloco DEM, PL e PSC
    • Titulares: Jorginho Mello (PL-SC) e Marcos Rogério (DEM-RO);
    • Suplente: Zequinha Marinho (PSC-PA);
  • Bloco Rede, Cidadania, PDT e PSB
    • Titular: Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
    • Suplente: Alessandro Vieira (Cidadania-SE);
  • Bloco PT e Pros
    • Titular: Humberto Costa (PT-PE);
    • Suplente: Rogério Carvalho (PT-SE).

CPI MAIS AMPLA

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), decidiu na 3ª feira (13.abr) que a CPI da covid-19 deverá investigar o dinheiro federal que foi para cidades e Estados, além das omissões do governo federal no combate à doença.

Juntou-se os pedidos de CPI de Randolfe Rodrigues (Rede-AP), com alvo no governo federal, e de Eduardo Girão (Podemos-CE), que investiga ilícitos com dinheiro federal em todas as esferas.

O presidente Jair Bolsonaro havia criticado o alcance da CPI e defendido sua ampliação para também investigar governadores e prefeitos.

O requerimento de instalação de uma CPI que investigasse União, Estados e municípios teve mais de 40 assinaturas de senadores. Pelo regimento interno do Senado, no entanto, veda a criação de CPIs para investigar assuntos estaduais.

A instalação da comissão atende a ordem do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso. Na 5ª feira  passada (8.abr), ele determinou que o Senado instale a CPI para apurar eventuais omissões do governo federal no combate à pandemia.

Barroso concedeu liminar (decisão provisória) em ação movida justamente pelos senadores Alessandro Vieira e Jorge Kajuru, ambos do Cidadania. Eis a íntegra da decisão (204 KB).

Poder 360

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