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Agronegócios

O desafio das feiras e eventos do agro frente à pandemia


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Os eventos representam um elo importante da cadeia de produção de alimentos. Sejam dias de campo, palestras, seminários, congressos, leilões e exposições dos mais diferentes portes, eles movimentam bilhões de reais negócios e milhões de pessoas durante todo o ano. “A importância dos eventos aparece com destaque na 7ª Pesquisa Hábitos do Produtor Rural, da Associação Brasileira de Marketing Rural (ABMRA), de 2018. Os dias de campo, as feiras e exposições agropecuárias e os leilões representam 92% e 73% dos eventos preferidos de agricultores e pecuaristas, respectivamente”, assinala Ricardo Nicodemos, vice-presidente da ABMRA.

Em tempos de pandemia, os eventos deixaram de ser realizados. Uma parcela ganhou versões virtuais, mas o agronegócio tem suas particularidades e as relações pessoais e olho no olho são muito importantes. Nesse cenário, quando voltarão os eventos presenciais?

A Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio convidou a especialista Liliane Bortoluci, da Informa, uma das maiores organizadoras de feiras e eventos do mundo, para falar como o setor de feiras e eventos está se reinventando frente à pandemia e as tendências para os próximos anos. A apresentação foi feita com exclusividade para as empresas cotistas da 8ª Pesquisa ABMRA Hábitos do Produtor Rural, cuja divulgação ocorrerá nos próximos meses.

Liliane informou as empresas de eventos do Brasil já entregaram para as autoridades governamentais protocolo para realização de feiras. O documento trata das questões básicas, como entrada nos eventos, parte interna e estandes dos expositores, corresponsabilidades da promotora, expositores e visitantes. O setor aguarda o retorno desse pleito.

“Quando o setor de eventos foi impactado pela pandemia, em março de 2020, as empresas do setor pararam totalmente. Sem dúvida, é um dos setores mais afetados pela pandemia e todos os elos do negócio estão sofrendo na carne. Por outro lado, os promotores de eventos precisaram acelerar o processo de digitalização. Nós, por exemplo, aceleramos o desenvolvimento de uma plataforma digital, com conteúdos técnicos para manter esse relacionamento entre expositores, clientes e mercado”, informa Liliane Bortoluci.

Ela explica que o evento digital tem suas vantagens. Uma dela é o maior alcance. “Quando uma feira acontece, a maior participação é do público é regional. Percebemos que no digital o alcance mudou. Quem não participava devido à distância passou a acompanhar. Isso pode ser visto com os números”, explica.

“Esperamos reativar os eventos presenciais nos próximos meses. O modelo digital mostrou que é viável em determinados casos. Há possibilidade de integração dos dois modelos no futuro”, assinala a especialista da Informa.

Além da palestra, as empresas cotistas da 8ª Pesquisa ABMRA Hábitos do Produtor Rural tiveram acesso aos atual status da pesquisa. “Nosso planejamento é apresentar os resultados para as empresas cotistas em abril. É uma excelente oportunidade para outras empresas adquirirem cotas da pesquisa e, assim, terem condições de sair à frente dos seus concorrentes. Afinal, trata-se de uma fonte rica e completa de informações, tendo como fontes os próprios produtores rurais de 15 atividades e 15 estados”, diz Ricardo Nicodemos, vice-presidente da ABMRA e coordenador da Pesquisa.

 

Assessoria

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