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Um novo tipo de bolão – Por Pimenta Murupi
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Terminou a Copa da Rússia. E nela o pessoal do bar se acostumou a fazer um bolão sobre o placar dos jogos. Fui beber e vejo eles fazendo bolão. Perguntei: É do jogo do Flamengo? Não era. Há um novo tipo de bolão na praça: o bolão da política. A aposta é sobre quem vai ser candidato a governador e a senador.
EM BAIXA
No bolão do bar se há um candidato sem futuro é Cassol. Ninguém aposta que consiga ser candidato a coisa alguma. Embora, com alguma possibilidade, a voz dos palpiteiros é de que correm perigo também as candidaturas de Acir Gurgacz e Valdir Raupp. A situação de Valdir, sob o ponto de vista de que pode ser candidato, pelo menos no bar, é melhor de que a de Acir, mas, tem gente que jura que ele não chega lá de jeito nenhum. E todo bêbado tem altas fontes. Um jura, do alto de algumas doses, que tem informações diretas de Brasília que o barbudo está no sal.
OS IMPASSES
O senador Raupp sempre teve uma indiscutível liderança. Inclusive era o queridinho do bar. Hoje não mais. Atado, como esteve a Lula e Dilma, é mal visto, mesmo não tendo nada a haver com o rombo da Petrobras, por, supostamente, ter usufruído de recursos de lá, o que não é comprovado, para sermos justos, e, aqui com mais peso, tido como um parceiro das “usinas”, o que lhe retira popularidade. Raupp teria o indiscutível direito de ser candidato a senador. Como são duas vagas Confúcio Moura também quer. Mas, o MDB não elege dois, daí…a confusão. Raupp quer tirar Confúcio para não lhe atrapalhar e jogá-lo para deputado federal. Lá ele atrapalha Marinha Raupp e pode até por em risco sua eleição. Mas, Confúcio jogou a irmã Claudia Moura para ser deputada federal, o que, segundo as etílicas opiniões é tiro de pólvora seca. De qualquer forma só teria chance dividindo o palco com a candidatura dele a senador. A fofoca é que Raupp deve, junto com Maurão, cuja candidatura só a fé sustenta, não vai deixar Confúcio sair para asfaltar seu caminho. O problema é que o ex-governador, supostamente, não saiu do MDB por pedido do Diretório Nacional. Em outras palavras, garantiram que não seria rifado. Vão rifar? Não se sabe, porém, os analistas afirmam que se isto for feito correm o risco de não ter um senador eleito. Em especial porque é bem provável que se eleja um político antigo, mas, que surja um nome novo. Aí, nas atuais circunstâncias, Expedito e Jesualdo seriam a bola da vez para o senado.
MAIS SAL NA BARBA
Não sei de onde os palpiteiros tiram tanta informação nem se procede de fato. Mas, dizem que o próprio MDB quer queimar o Raupp e, horror, para salvar a Marinha! Segundo as altas opiniões de bar, Raupp tem, hoje, uma imagem salpicada de manchas. E um chegou a bradar que sabia de fonte segura que o candidato ao senado do partido será Confúcio. Raupp, segundo a abalizada voz, não tem vez mais. Tenho minhas dúvidas, porém, lá pelo balcão, todos dizem que é voz corrente que Raupp não terá mais votos. Confúcio ainda pode se salvar. O raciocínio vigente só conto adiante.
O INESPERADO
Expedito dizem que quer sair de senador para governador. Ele diz que não. Mas, deixa um espaço aberto diante das circunstâncias. Expedito, porém, tem uma cisma de ir para governador. Foi várias vezes como favorito e, na última hora, levou chumbo. Não gostou da experiência. Não irá trocar o certo pelo duvidoso. Aí é que entra o Jesualdo. Se Acir não sair quem melhor que Jesualdo para ser candidato a governador? Bem avaliado na sua administração em Ji-Paraná, com uma sólida base também em Porto Velho, onde foi deputado e teve negócios, ficha limpa e tudo. É pulê de 10 sem Acir ou Cassol para atrapalhar. E se sair para governador numa dobradinha com Expedito para o senado é mel na chupeta. É a aposta predominante no bar. E, isto é que é incrível, os bêbados de lá tem um histórico de dividir o prêmio das apostas. Quando a maioria lá concorda parece uma coisa do destino o placar predominante sempre acontece. Vamos ver se com o bolão da política acontece o mesmo.
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