Medicina
CoronaVac: estudo mostra eficácia de até 100% em pessoas acima de 60 anos
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Estudo demonstra o desenvolvimento dos anticorpos em idosos que tomaram duas doses da CoronaVac, associado a baixos efeitos colaterais, com segurança(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A press)
Um estudo feito com 422 pacientes voluntários na China mostrou que a vacina contra a COVID-19, a CoronaVac produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, demonstra eficácia e eficiência em detectar anticorpos em pessoas acima de 60 anos que tomaram as duas doses.
A faixa etária estudada foi de média de idade de 65,8 anos e 66,8 anos. A pesquisa foi publicada na revista científica The Lancet Infectious Diseases em 3 de fevereiro de 2021.
No grupo que tomou doses mais baixas, houve 100% de soroconversão, ou seja, todos os 24 pacientes que tomaram a vacina tiveram anticorpos detectáveis.
Já no grupo que recebeu doses mais altas, 23 pacientes dos 24, desenvolveram anticorpos representando 95,7% dos casos após as duas doses. Pessoas que tomaram placebo 0%.
Segundo o médico coordenador do LabCovid (laboratório credenciado pela Fundação Ezequiel Dias), da Universidade Federal de Lavras (Ufla), José Cherem, a conclusão desse estudo atesta que a CoronaVac é bem tolerada e duas doses de 3 microgramas foram suficientes para desencadear a resposta imune após 28 dias.
“De maneira geral, o aparecimento de anticorpos sugere fortemente imunidade contra a doença. Esse estudo demonstra o desenvolvimento dos anticorpos em idosos, associado a baixos efeitos colaterais com segurança. O acompanhamento dessa e de qualquer outra vacina contra a COVID-19, devem continuar sendo alvo de acompanhamento para determinação precisa de sua eficiência, ou seja, necessitam passar pelo crivo do tempo”, explica Cherem.