Saúde
O que é Ozonioterapia e quando usar
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A ozonioterapia consiste num processo em que é administrado gas de ozônio no corpo para tratar alguns problemas de saúde. O ozônio é um gás composto por 3 átomos de oxigênio e que pode ser usado para tratar feridas, diabetes, infecções, problemas respiratórios e inflamatórios e câncer.
O tratamento deve ser realizado por um profissional de saúde, aplicando o ozônio localmente ou injetando via intravenosa, via intramuscular ou por insuflação retal.
Para que serve e como funciona
A terapia com ozônio funciona interrompendo processos não saudáveis no corpo, como o crescimento de bactérias patogênicas se houver uma infecção, ou impedindo alguns processos oxidativos, podendo por isso ser usado para melhorar diversos problemas de saúde:
1. Problemas respiratórios
Como promove entrada de maior quantidade de oxigênio no sangue, a ozonioterapia é uma boa opção para pessoas com problemas respiratórios, como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica.
A entrada de maior quantidade de oxigênio no sangue, provoca um aumento na taxa de glicólise dos glóbulos vermelhos, aumento assim a quantidade de oxigênio liberado para os tecidos.
Além disso, aumenta significativamente a resistência das vias aéreas e a frequência respiratória.
2. Distúrbios no sistema imune
A terapia com ozônio pode trazer benefícios para pessoas com o sistema imunológico debilitado e ajudar a tratar infecções, já que estimula e reforça o sistema imune, porque aumenta o número de moléculas envolvidas na emissão de sinais entre as células durante o desencadeamento das respostas imunes.
3. Tratamento da AIDS
Vários estudos comprovam que a ozonioterapia pode inativar o HIV, o vírus da AIDS, devido a inativação de uma proteína nuclear do vírus HIV.
4. Tratamento do câncer
Alguns estudos comprovam também que o ozônio administrado em uma concentração entre 30 e 55 ?g / cc causa aumento na produção de interferon, que é uma proteína produzida para, entre outros mecanismos, interferir na replicação de células tumorais e estimular a atividade de defesa de outras células.
Além disso, leva também ao aumento do fator de necrose tumoral e interleucina-2, que por sua vez estimula uma cascata de reações imunológicas subsequentes.
5. Tratamento de infecções
A ozonioterapia leva também à inativação de bactérias, vírus, fungos e parasitas. Nas bactérias atua através de um mecanismo que interrompe a integridade do envelope celular bacteriano, levando à oxidação dos fosfolipídios e lipoproteínas.
Nos fungos, o ozônio inibe o crescimento celular em certos estágios e em vírus danifica o capsídeo viral e perturba o ciclo reprodutivo ao interromper o contato entre o vírus e a célula com a peroxidação.
6. Complicações na diabetes
Complicações na diabetes são atribuídas ao estresse oxidativo no corpo e estudos demonstram que o ozônio ativa o sistema antioxidante que afeta o nível de glicemia.
7. Tratamento de feridas
O ozônio pode ainda ser usado para o tratamento de feridas, aplicando o gás diretamente na região afetada. Em um estudo in vitro, observou-se que o ozônio é muito eficaz na redução das concentrações de Acinetobacter baumannii, Clostridium difficile e Staphylococcus aureus.
O ozônio pode também ser usado para tratar doenças inflamatórias, como artrite, reumatismo, degeneração macular, hernia de disco, problemas circulatórios, síndrome respiratória aguda grave, em sintomas hipóxicos e isquêmicos e para diminuir o colesterol no sangue.
Além disso tem também sido usado em odontologia, no tratamento de cáries dentárias.
Como é feito o tratamento
O tratamento com ozônio deve ser realizado por um profissional de saúde e nunca por via inalatória.
Existem várias formas de realizar a ozonioterapia, aplicando o gas diretamente na pele, caso se pretenda tratar uma ferida, via intravenosa ou intramuscular. Para administrar o ozônio pela veia, para tratar outros problemas de saúde, é retirada uma determinada quantidade de sangue que é misturada com o ozônio e depois é administrado novamente na pessoa via intravenosa. Também pode ser administrada via intramuscular, em que o ozônio pode estar misturado com o sangue da própria pessoa ou com água estéril.
Além disso, também são usadas outras técnicas, como a injeção intradiscal, paravertebral ou insuflação retal, em que é introduzida uma mistura de ozônio e oxigênio através de um cateter no cólon.
Possíveis efeitos colaterais
O facto de o ozônio ser ligeiramente instável torna-o um pouco imprevisível, podendo danificar os glóbulos vermelhos do sangue e por isso a quantidade usada no tratamento deve ser precisa.