Agronegócios
Suinocultura: Convênio torna licenciamentos mais ágeis e seguros
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Um convênio entre a Secretaria de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Fepam e a Embrapa Suínos e Aves vai permitir a utilização de um software que irá agilizar e dar mais segurança aos projetos de licenciamento ambiental no Rio Grande do Sul. O Termo de Cooperação Técnica foi assinado na manhã desta quinta-feira em Porto Alegre.
Com o convênio, a Embrapa cede a utilização do Software Gestão Ambiental da Suinocultura (SGAS). O programa permite o correto dimensionamento das granjas, sistemas de tratamento de efluentes e o uso de dejetos na área agrícola, levando em conta a área e o tipo de cultura. Para a secretária do Meio Ambiente, Ana Pellini, “é a oportunidade de tratar essa questão dos dejetos de uma maneira muito mais inteligente e ágil, garantindo o crescimento da atividade suinícola, mas ao mesmo tempo protegendo o meio ambiente, os mananciais hídricos e o solo.” Ainda segundo ela, “quanto mais houver informação disponível, na hora da decisão a chance de erro é menor”.
O presidente do Fundesa e diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos (Sips), Rogério Kerber, diz que os desafios do setor são permanentes, mas este é um grande passo para trazer resultados positivos. ”É fato que a suinocultura gera dejetos , mas este produto bem manejado e aplicado traz, além de redução de impactos, resultados econômicos para os produtores. O Sips vai custear a capacitação de técnicos para o uso do software, tanto das empresas integradoras quanto dos agentes envolvidos nas questões ligadas ao licenciamento ambiental.
O chefe da Divisão de Licenciamento da Fepam, Arno Kayser, afirma que o Rio Grande do Sul produz, em média, 8 milhões de metros cúbicos de dejetos suínos por ano. “Boa parte é usada na agricultura e isso é muito positivo. Hoje percebemos que os próprios técnicos das empresas já escolhem as áreas certas e com o software vai melhorar ainda mais.”
O chefe adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Suínos e Aves, Marcelo Miele, explica que uso do software agiliza os processos de licenciamento pela disponibilização de dados e também coloca uma visão de agricultura e pecuária de precisão ao definir a correta aplicação de dejetos no solo.