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Polícia Civil investiga fraude de R$ 70 milhões em planos de saúde em Rondônia e em 3 estados


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A Polícia Civil deflagrou, nesta quarta-feira (20), operação para coibir fraudes contra planos de saúde praticadas no Distrito Federal e em outras três unidades da federação (veja lista abaixo). A suspeita é de que o esquema tenha movimentado cerca de R$ 70 milhões. Ao todo, os policiais cumpriram 15 mandados de busca e apreensão em:

  • Águas Claras (DF)
  • Setor de Indústrias e Abastecimento (DF)
  • Gama (DF)
  • Guará (DF)
  • Riacho Fundo (DF)
  • Luziânia (GO)
  • Rio Verde (GO)
  • Cárceres (MT)
  • Mirassol D´Oeste (MT)
  • Porto Velho (RO)

 

De acordo com a Coordenação de Repressão a Crimes contra o Consumidor, Propriedade Imaterial e Fraudes (Corf), o grupo praticava crimes como falsidade ideológica, falsificação de documentos, apropriação indébita, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Gestores de uma operadora de plano de saúde e cinco empresas privadas estariam envolvidas no esquema.

Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) – órgão responsável por fiscalizar planos de saúde – identificou a prática criminosa e acionou os investigadores. De acordo com a Polícia Civil, entre 2013 e 2018, diretores, contadores e funcionários de uma operadora do benefício desviaram valores milionários de contas bancárias de planos de saúde.

As quantias eram repassadas a empresas vinculadas a amigos e familiares dos dirigentes. As transações, segundo a polícia, eram feitas sem contratos formais e sem emissão de notas fiscais, “que dessem suporte às transações, que justificassem eventuais serviços prestados ou produtos adquiridos”.

Em 2019, operação no DF desarticulou quadrilha que aplicava golpes em quem tem plano de saúde

A operadora investigada atua no Centro-Oeste e em Tocantins. Ao todo, há 55 mil associados.

Movimentação

Os investigadores analisaram 380 mil movimentações bancárias e fiscais da operadora de plano de saúde, de empresas e pessoas envolvidas. Segundo a Polícia Civil, houve divergência na documentação contábil dos envolvidos, além de transações incompatíveis com o faturamento.

Operação investiga fraudes contra concursos públicos no DF e em 3 estados — Foto: PCDF/Divulgação

Operação investiga fraudes contra concursos públicos no DF e em 3 estados — Foto: PCDF/Divulgação

Nesse período, a investigação apontou transações financeiras de quase R$ 3 milhões feitas para microempresas destinadas a prestação de serviços de chaveiro. Além disso, os suspeitos ainda teriam feito trâmites financeiros com empresas do ramo agropecuário e da cana de açúcar, sem qualquer vínculo com a atividade desenvolvida pelo plano de saúde.

Operação Loki

A corporação informou que 150 policiais participaram da ação, que contou com apoio das polícias civis de Goiás, Mato Grosso e Rondônia. A operação foi batizada de “Loki” o pai da mentira na mitologia nórdica.

Penas para os crimes praticados:

  • Falsidade ideológica: prisão de um a cinco anos
  • Falsificação de documentos: reclusão de um a cinco anos
  • Apropriação indébita: reclusão de um a quatro anos
  • Lavagem de dinheiro: reclusão de três dez anos
  • Organização criminosa: reclusão de três a oito anos

G1

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