Saúde
Veja quais vacinas contra Covid-19 estão mais perto de vencer a burocracia da Anvisa
Compartilhe:

O Brasil pode iniciar a próxima semana com duas vacinas contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). É um importante passo para a redução de adoecimentos e mortes no país.
Há dois pedidos na agência reguladora: a Coronavac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, e o imunizante desenvolvido pela farmacêutica AstraZeneca em colaboração com a Universidade de Oxford e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Tecnicamente, a Sinovac está mais adiantada. Segundo informações da Anvisa, 40,7% da análise da documentação exigida para a autorização já está concluída. O imunizante da AstraZeneca/Fiocruz está com 32,6%.
O Butantan busca permissão para uso de 6 milhões de doses da vacina que foram importadas da China. A Fiocruz pede a liberação para 2 milhões de doses que devem ser importadas da Índia. ?A autorização ainda é para uso emergencial, ou seja, não é um registro definitivo.
Segundo a Anvisa, 24% dos documentos do Butantan estão em análise e 29,7% ainda precisam de alguma complementação nos dados. Já 5,4% das informações ainda necessitam ser enviadas pelo instituto.
Já a Fiocruz tem 49% dos documentos em análise e 18,3% ainda precisam de alguma complementação nos dados. A fundação não tem informações para serem apresentadas.
Reunião no domingo
De acordo com critérios da Anvisa, no próximo domingo (17/1), diretores da autarquia devem analisar os dados de relatório a ser elaborado pela área técnica sobre os dois pedidos.
A partir desse documento, o colegiado de cinco pessoas deve decidir se libera ou não a aplicação das vacinas. A decisão ocorre por votação, e o encontro será transmitido ao vivo.
Caso a decisão seja pelo aval, o Brasil já poderia iniciar a campanha para aplicar os imunizantes. A medida vale a partir do momento em que a decisão for publicada no Diário Oficial da União (DOU).



“Para concessão da autorização temporária, a Anvisa analisará caso a caso e a decisão ficará a cargo da Diretoria Colegiada da Agência. Serão considerados dados de estudos não clínicos e clínicos, de qualidade, boas práticas de fabricação, estratégias de monitoramento e controle, resultados provisórios de ensaios clínicos, entre outras evidências científicas. Além disso, a empresa deve apresentar informações que comprovem que a fabricação e a estabilidade são adequadas para garantir a qualidade da vacina”, destaca a Anvisa.
Início da vacinação
Na quarta-feira (13/1), o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, voltou a afirmar que a vacinação contra o novo coronavírus começará neste mês. Apesar disso, ele não definiu uma data.
“Senhores, vamos vacinar em janeiro, e Manaus será a primeira a ser vacinada. Ninguém receberá a vacina primeiro que Manaus”, garantiu, em pronunciamento à imprensa.
Metropoles