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Chuvas atrasaram mais do que o esperado, diz especialista


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De acordo com especialista em agrometeorologia e sócio da Rural Clima, engenheiro agrônomo Marco Antonio dos Santos, a situação dos sojicultores é complicada porque “as chuvas atrasaram mais do que o esperado”. Ele afirmou, em entrevista para a AgBiTech, que atribui o atraso das chuvas em regiões produtoras de soja, como Mato Grosso e Goiás, ao fenômeno La Niña.

Conforme o agrometeorologista, a tendência para os próximos meses é a de que as chuvas sejam mais frequentes, o que pode acabar aliviando um pouco a situação. No entanto, elas ainda estão se mantendo irregulares em áreas importantes de produção brasileira da oleaginosa.

Nesse cenário, o agrônomo Marcelo Lima, da AgBiTech, adianta que a prevalecer o clima seco e chuvas irregulares, o produtor de soja poderá ter mais dificuldade no manejo químico de lagartas, sobretudo aquelas de controle mais difícil, como elasmo, lagarta-rosca e Spodoptera, conhecidas por causar a redução do estande da cultura. “Se consolidado, esse quadro climático torna os baculovírus uma alternativa mais estratégica ao manejo de lagartas. Estes produtos são menos sensíveis ao clima na comparação com outros biológicos”.

Isso porque, de acordo com a empresa, a situação do clima pode favorecer essas pragas. Em relação ao clima no cerrado mato-grossense, por exemplo, o consultor Guilherme Ohl reforça que a safra passada (2019-20) já se apresentou mais seca do que a anterior (2018-19). Na safra em andamento (2020-21), diz ele, “o mês de setembro último foi o mais quente que já vivi no Mato Grosso”. Ohl atua no Estado há 21 anos, sendo os últimos 17 na posição de sócio da Ceres Consultoria Agronômica.

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