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Agronegócios

Boa genética dos touros é essencial para sucesso da estação de monta


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As chuvas estão chegando e com elas intensificam-se os preparativos para a estação de monta.

Tamires Miranda Neto, gerente de pecuária da CFM, relaciona alguns pontos de atenção dos criadores, especialmente em relação à escolha dos reprodutores.

A genética deve ser tratada como insumo de produção. Dessa forma, precisa ter qualidade. “Muito cuidado na escolha dos reprodutores e também do sêmen”, recomenda Neto. “Em certa medida, o touro precisa de mais atenção que a vaca, uma vez que será utilizado para cobertura de várias fêmeas”, diz.

A proporção touro x vaca também é importante. O gerente de pecuária da CFM recomenda colocar 1 touro para cobrir entre 20 a 30 fêmeas. “1 reprodutor para 25 vacas é uma boa média. É importante considerar o tamanho dos pastos e dos lotes e envolver a equipe de manejo da fazenda”.

A fertilidade dos touros precisa ser comprovada. Para isso, é fundamental realizar exame andrológico antes do início da estação. Além disso, é preciso fazer avaliação funcional dos reprodutores para observar cascos, articulações, umbigo.

Neto destaca a importância da equipe da fazenda. “O pessoal de campo precisa revisar os lotes periodicamente para observar a condição dos touros e sua interação no lote. Não basta colocar os touros com as vacas e voltar semanas depois. É necessário ter atenção e fazer as correções de manejo sempre que necessário”, assinala o gerente da CFM.

Também é importante distribuir corretamente os touros. Neto indica agrupar os touros jovens e evitar colocá-los em lotes com touros mais velhos. “Os touros mais erados tendem a dominar os jovens e isso pode prejudicar o desempenho dos novos reprodutores”.

Touros para fazer bezerros e vacas de reposição

Um dos maiores conhecedores da pecuária de corte no Brasil, o prof. José Bento Ferraz (USP Pirassununga), enfatiza a importância da escolha dos touros para estação de monta, que deve levar em conta não apenas o objetivo de produzir mais bezerros para engorda, mas também a reposição de fêmeas no rebanho.

“O momento da pecuária é especial. A oferta de bois gordos está restrita devido à falta de bezerros – condicionada pela recente redução do plantel de fêmeas. Este é um excelente momento para investir na genética do rebanho, por meio do uso de reprodutores provados, selecionados com extremo rigor zootécnico por programas de melhoramento genético reconhecidos por sua história e confiabilidade, como a CFM”, ressalta Bento.

O prof. da USP Pirassununga complementa que, “se o objetivo do pecuarista é a reposição do plantel de fêmeas, ele deve focar na escolha de touros com DEPs positivas para precocidade sexual e, claro, fertilidade”. São atributos selecionados pela CFM há várias décadas, com excelente resultado. “A melhoria das características reprodutivas trazida pela genética CFM é uma das responsáveis pela fidelidade superior a 60% dos clientes da empresa”.

 Texto Assessoria

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