Saúde
Você se sente infeliz no trabalho? Mude essa realidade
Compartilhe:
O portal Mulher Quebrada, voltado ao desenvolvimento humano, esclarece alguns pontos em torno desse tema.
POR QUE TEM TANTA GENTE INFELIZ NO TRABALHO?
Neil Pasricha, autor do livro “The Happiness Equation: Want Nothing + Do Anything = Have Everything” (“A Equação da Felicidade: Querer Nada + Fazer Qualquer Coisa = Ter Tudo”), acredita que as pessoas se enganam quando acham que trabalho e o sucesso a farão felizes, já que primeiro devem estar felizes com a própria vida para que isso reflita sobre as demais áreas, inclusive, trabalho.
Já o psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi no livro “Flow: The Psychology of Optimal Experiences” (“Fluxo: A Psicologia das Experiências Ótimas”), fala sobre a importância de combinar a quantidade certa de desafios com a quantidade certa de habilidades, ou seja: quem tem desafios demais, pode se sentir frustrado e quem tem poucos, pode se sentir entediado e mais, quando se faz algo além das habilidades, a tendência é que se entre em um estado genuíno de satisfação da consciência chamado ‘flow’.
Outra questão para quem se sente infeliz no trabalho é a de que muitas vezes a escolha foi pautada em necessidade ou em qualquer outra razão que não as verdadeiras habilidades. Essa escolha frustrada, na maioria dos casos, tem relação com a ausência de autoconhecimento ou porque a pessoa quis atender àquilo que viu como “rentável” ou como “compatível” sem questionar se realmente poderia lhe trazer bem-estar.
Um outro ponto importante também é o de que o trabalho precisa ter o lugar de trabalho e não de “vida pessoal”, quando as pessoas se “escondem” atrás do trabalho isso reflete negativamente em suas vidas e quando se sentem infelizes na vida profissional, essa realidade se torna ainda mais difícil, já que a vida pessoal já foi deixada de lado, gerando a sensação de que não resta mais nada para tornar a vida satisfatória.
E claro, há também o caso da pessoa que se sente infeliz no trabalho porque não se sente valorizada ou remunerada o suficiente. Mas diante desse contexto, outro questionamento é: Será mesmo que o trabalho precisa ser valorizado ou “validado” por alguém ou essa valorização e validação não precisa também partir da pessoa?
COMO MUDAR ESSA REALIDADE DE INSATISFAÇÃO PROFISSIONAL?
Inicialmente o recomendado é que a pessoa se responda a algumas perguntas:
- Estou infeliz com essa profissão ou com esse lugar no qual trabalho?
- Há quanto tempo exatamente estou me sentindo infeliz? Em outras empresas também senti o mesmo?
- O que eu gosto de fazer? O que me traz satisfação?
- O que me torna infeliz é o trabalho em si ou o círculo social dentro da empresa?
- Eu só vivo em função da espera pelos finais de semana, dias de folga e feriados?
Em muitos casos, a transição acontece com a pessoa ainda no trabalho atual, tentando se desdobrar para conseguir outras oportunidades. Em outros, o dilema se torna ainda mais intenso, porque a pessoa se vê sem trabalho e com uma única especialização que sabe que não renderá oportunidades que lhe tragam maior satisfação.
Muitas pessoas também colocam a idade como obstáculo no processo de mudança e principalmente as mulheres se sentem ainda mais pressionadas a continuarem infelizes porque não se veem mais com idade para mudar a direção.
A transição de carreira ou abertura do próprio negócio precisa ser realizada de forma planejada, sem atender a impulsos, mas em muitos casos, esses impulsos são essenciais para a tomada de decisão. O importante é pensar até que ponto o problema está no trabalho e se a insatisfação foi gerada pela profissão ou já existia. Se a infelicidade é um estado existente além do trabalho, o recomendado é rever a própria vida.