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Surto de sarampo no Brasil: como identificar e evitar a doença?
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O recente surto de sarampo tem assustado moradores de diversos estados brasileiros, em especial os da Região Norte. O problema preocupa pela doença ser altamente contagiosa, se manifestar de forma grave e até matar. Saiba como identificar e evitá-la a seguir:
Surto de sarampo
De acordo com a Vigilância Sanitária, a onda de quadros teve início com a vinda de venezuelanos infectados ao País, o que resultou na confirmação de mais de 300 casos do acometimento no Amazonas e 200 em Roraima.
A doença era considerada erradicada no Brasil desde 2016, mas dados recentes alertam que os casos voltaram à tona e, inclusive, resultaram em ao menos três mortes.
Transmissão de sarampo
Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o contágio do sarampo ocorre por meio de tosse, espirros, fala ou respiração, o que explica a rapidez e facilidade de transmissão.
Além disso, gotículas contaminadas dispersas no ar – fruto da respiração, por exemplo – podem permanecer ativas por algumas horas, aumentado ainda mais o risco de contágio.
A pessoa infectada com sarampo transmite a doença a partir de quatro dias antes de as erupções aparecerem (quando há febre alta e mal-estar) até quatro dias após estas manchas surgirem.
Sinais e sintomas de sarampo
De acordo com a Mayo Clinic, os sinais e sintomas do sarampo surgem de 10 a 14 dias – período de incubação – após a exposição ao vírus e geralmente incluem:
- Febre;
- Tosse seca;
- Coriza;
- Congestão nasal;
- Mal-estar;
- Dor de garganta;
- Olhos inflamados e irritados;
- Pequenos pontos brancos com centros branco-azulados sobre um fundo vermelho encontrados dentro da boca, no revestimento interno da bochecha – também chamados de sinais de Koplik;
- Erupções avermelhadas na pele que começam no rosto e descem em direção aos pés.
Complicações
Sarampo é uma doença perigosa que pode resultar em otite média aguda; pneumonia bacteriana; laringite; doenças cardíacas e neurológicas – sendo a mais grave a panencefalite esclerosante subaguda, acometimento causado pela infecção do vírus no cérebro que pode gerar descontrole de todas as funções do organismo e morte.
Grupo de risco
As pessoas que têm mais risco de serem vítimas do surto de sarampo são bebês a adultos de 49 anos de idade. Profissionais que trabalham com turismo, aviação e sexo estão mais expostos ao problema.
Vacina de sarampo
A única forma de prevenção do sarampo é por meio da vacina, que está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e na rede particular:
Tríplice viral
O nome desta vacina contra sarampo é explicado pelo fato de ela imunizar contra a doença, a rubéola e a caxumba.
A primeira dose é indicada para bebês de 12 a 15 meses e a segunda para crianças de quatro e seis anos de idade. Crianças de até um ano cuja mãe foi vacinada antes da gestação estão imunizadas devido a anticorpos passados pelo leite materno.
Adolescentes e adultos de até 49 anos que não foram imunizados na infância também podem aproveitar a vacina gratuita.
É segura?
De acordo com o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Imunizações, a dose é segura pois é feita com o próprio vírus enfraquecido, ou seja, sem potencial de causar a doença.
Contudo, podem surgir reações adversas à vacina de sarampo, tais como febre, coriza e tosse, que costumam passar após alguns dias.
Quem não deve tomar?
Gestantes, indivíduos imunossuprimidos e crianças menores de seis meses não devem tomar a vacina.
Neste caso, as únicas recomendações para fugir do surto de sarampo é evitar aglomerações e contato com indivíduos infectados.