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Agronegócios

Açúcar: Volume superavitário, a partir da Ásia, não sustentará ralis modestos de altas


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Os contratos do açúcar positivos na bolsa de commodities de Nova York não tiram do cenário a tendência de a curva voltar a ficar para baixo. A safra da Ásia ainda por começar e o esfriamento do petróleo testam apenas altas residuais, mostrando o tom cauteloso e de poucos participantes comprados.

No frigir dos ovos, com a chegada da colheita da Índia e da Tailândia, a partir do mês próximo, somada a outros fundamentos, os futuros até para 2021 devem voltar rondar o teto aproximado dos 12.50 centavos de dólar por libra-peso, acredita Maurício Muruci, analista da Safras & Mercado.

Nesta quarta (23) já perderam força sobre os 30 pontos da véspera e lutam para segurar os 13.47 c/lp (março) e 13.23 (maio), ao redor das 12h15 (Brasília).

O que o mercado vê, entre aqueles que acreditam nos dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), é Índia entrando com 35 milhões de toneladas, sobre as 26 milhões/t da safra passada. E uma safra passada, que, mesmo menor, acabou deixando estoques de 16 milhões/t para a atual entressafra.

“O consumo caiu muito com a pandemia e só o PIB da Índia foi quase 24% menor, no segundo trimestre, o maior recuo mundial”, destaca.

Junto, vem a intenção das indústrias locais, pressionando por ajuda governamental para exportarem 6 milhões/t, contra as 4 milhões/t desse período que termina.

Sobra ainda a Tailândia, complementa Muruci, com previsão de colher 12 contra 8 milhões/t, igualmente segundo o USDA. E até a China vai produzir mais açúcar.

E com o Brasil sinalizando, a partir de março/abril de 21, nova temporada mais açucareira, esperando pouco mais do etanol sobre 2020, porém bem abaixo do que foi 2019.

Fonte: Moneytimes

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