Mato Grosso
Pesquisadores estimam perda de 20% da biodiversidade do Pantanal devido às queimadas em MT
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Pesquisadores estimam que o Pantanal mato-grossense perdeu 20% da biodiversidade devido aos incêndios que atingem a região. O cenário em muitos pontos é desolador.
Brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) trabalham para combater as chamas numa grande região às margens da Transpantaneira. O fogo voltou a ameaçar uma reserva particular, que já teve metade da área queimada.
“A gente está andando em cima de um corixo, uma área que nunca tinha visto secar aqui. Está muito quente! Muita fumaça realmente. Essa é a pior seca do Pantanal”, ressaltou o biólogo Gustavo Figueirôa.
Voluntários rondam pela região tentando identificar novos focos e resgatando bichos. O pesquisador-chefe do projeto Bichos do Pantanal, Douglas Trent, que estuda a biodiversidade no bioma, afirmou que o fogo pode já ter matado milhares de animais.
“uma coisa que se pode falar, é um desastre ambiental. Vinte por cento do Pantanal está queimado, você pode contar que 20% das populações dos animais que são lentos, nós perdemos também”, contou.
Imagem que mostra devastação em Pantanal teve mais de 160 mil reações no Facebook nos últimos dias — Foto: GUSTAVO FIGUEIRÔA/SOS PANTANAL
No Rio Paraguai, principal fonte de água para o Pantanal, animais que não resistiram a seca e a tantas queimadas são levados pela água. Os peixes estão morrendo nas baias, que secaram.
Sem chuva, o nível da água diminui um pouco a cada dia. Quanto mais raso fica o rio, maior o risco de acidentes, até mesmo para os barcos pequenos que podem encontrar pelo caminho bancos de areia submersos.
Segunda a Marinha, a profundidade não passa dos 60 centímetros em Cáceres.
O guia de turismo Wanderson Dalton teve problemas para atravessa o rio.
“Devido essa seca horrível, tem muito banco de areia no rio. No meio do rio está bem raso e a gente pegou um e aconteceu isso, quebrou a hélice” relatou.
A previsão de chuva para esta semana é uma esperança de melhora nos focos de incêndio no Pantanal.
G1