Estudo
Especialistas alertam para aumento de câncer de pulmão durante a pandemia
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Com o isolamento social e a ansiedade causada pela pandemia de Covid-19, o consumo de cigarro cresceu no Brasil. De acordo com uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), 34% dos fumantes aumentaram o consumo de cigarro em pelo menos cinco unidades por dia. Foram entrevistadas 44 mil pessoas, das quais 12% se disseram tabagistas.
Entre os fumantes, 53,9% mantiveram a frequência de consumo, e apenas 12,1% diminuíram a quantidade diária de cigarros. A maior alta foi entre mulheres. Esse aumento preocupa os oncologistas: o tabagismo é um dos principais causadores de câncer, principalmente o de pulmão.
A oncologista Elean Lamar, da Oncoclínicas Brasília, diz ter percebido um aumento na quantidade de cigarros consumidos pelos seus pacientes e alguns até começaram a fumar durante a pandemia.
“É um dado preocupante. Há 14 tipos de câncer extremamente ligados ao tabagismo, além de doenças como enfisema pulmonar e infarto. A quantidade de cigarros faz toda a diferença”, explica. Ela lembra que o cigarro eletrônico é igualmente perigoso.
Quando o paciente descobre o câncer cedo, é possível fazer cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia. Caso esteja metastático, não se fala em cura, apenas controle da doença.
Assessoria