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Deputados e senadores voltam a debater construção de ferrovia em Mato Grosso


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A Assembleia Legislativa de Mato Grosso poderá aprovar uma emenda à Constituição estadual para consolidar os trâmites necessários à construção da ferrovia que sairá do Terminal Multimodal de Rondonópolis, passando por Cuiabá até Lucas do Rio Verde. A sugestão foi dada nesta segunda-feira (17) ao presidente da ALMT, deputado Eduardo Botelho (DEM), pelos senadores Wellington Fagundes (PL), que preside a Frente Parlamentar Mista de Logística de Transportes e Armazenagem (Frenlog), e Jayme Campos (DEM).

A reunião, na presidência da Casa de Leis, contou também com o representante da Rumo, João Alberto Abreu, e os deputados João Batista (Pros), Carlos Avallone (PSDB) e Janaina Riva (MDB).

Na oportunidade, os senadores protocolaram o Ofício 347/2020 – Senado Federal – sugerindo a aprovação do projeto de emenda constitucional (PEC) para adequar a disciplina sobre prestação de serviços públicos e a aprovação de um projeto de lei complementar (PLC) que disponha sobre o Sistema Estadual e Viação (SEV) e o Subsistema Ferroviário (SFE) de Mato Grosso e sobre os regimes de exploração dos serviços de transporte rodoviário de cargas e de passageiros.

“Entendemos que essas duas iniciativas da Assembleia Legislativa de Mato Grosso são absolutamente relevantes para dotar o estado de Mato Grosso de infraestrutura de transporte no modal ferroviário para atender à crescente demanda pelo transporte de cargas, bem como para melhorar as condições de mobilidade da população”, diz trecho do documento assinado pelos senadores.

João Alberto Abreu explicou a importância do empreendimento para alavancar o estado. “Viemos a Cuiabá visitar as entidades para que possamos ter uma discussão bastante ampla sobre nosso projeto de extensão, que hoje está em Rondonópolis e temos a intenção de chegar até Lucas do Rio Verde e Cuiabá. Temos o projeto de engenharia praticamente pronto e o processo de licenciamento ambiental está em andamento. A companhia tem na Ferronorte a concessão que vai até 2079. Temos um projeto com 100% de investimento privado, com projeto de engenharia que traz desenvolvimento para o estado e a região de Cuiabá e Várzea Grande. Hoje, estamos aqui na Assembleia e envolve todas as áreas para que possamos discutir qual o melhor para escoar toda a produção de Mato Grosso, inclusive a de Cuiabá e Várzea Grande, que tem oportunidade enorme de desenvolvimento”, afirmou Abreu, ao acrescentar que investimentos em logística e infraestrutura trazem desenvolvimento e custos mais competitivos para a produção exportada ou importada.

Botelho salientou a importância dos investimentos, lembrou que a ferrovia é um sonho da população cuiabana e do Nortão. “O senador Wellington e o senador Jayme estão trazendo essa oportunidade com o presidente da Rumo para corrermos atrás e tornar esse sonho realidade. Isso vai ajudar muito, pois diminui o custo dos produtos que trouxermos de fora, e diminui também o custo daqui para ser vendido fora. Isso sem contar as perdas que ocorrem no transporte a granel nas estradas. É um ganho sobre todos os aspectos para nós de Cuiabá, do Nortão e todo o estado de Mato Grosso”, defendeu Botelho.

Fagundes disse que a bancada mato-grossense já fez muito para aprovar a renovação da malha paulista com o compromisso de que a empresa Rumo avançasse de Rondonópolis – Cuiabá até o Nortão de Mato Grosso, em Lucas do Rio Verde.

“Agora, apresentamos aqui na Assembleia Legislativa de Mato Grosso sugestão de emenda à Constituição Estadual exatamente para que essa autorização do trecho de Rondonópolis pra frente possa ser feita pelo governo. Então, vamos ter duas alternativas: uma com o governo federal ou com o governo do estado. É o Parlamento federal com o Parlamento estadual para viabilizar o mais rápido possível”, disse, ao acrescentar que a empresa já dispõe dos recursos. Segundo ele, ao invés de 30 anos, o trabalho em conjunto agilizará a construção da ferrovia num prazo de cinco a oito anos.

Rumo – A empresa é a maior operadora de ferrovias do Brasil e oferece serviços logísticos de transporte ferroviário, elevação portuária e armazenagem. A companhia opera 12 terminais de transbordo, seis terminais portuários e administra cerca de 14 mil quilômetros de ferrovias nos estados de Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Tocantins. A base de ativos é formada por mais de mil locomotivas e 28 mil vagões.

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