Medicina
Novo teste promete detecção da Covid-19 em 30 minutos com 75% de confiança
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Um novo meio para a detecção do novo coronavírus, o teste de antígeno viral, começa a ser oferecido no Brasil nesta semana. Assim como o RT-PCR, ele é realizado a partir de uma amostra de secreção da naso-faringe por meio de swab (cotonete), com a vantagem de o resultado sair em apenas 30 minutos e a confiança ser de 75% – maior do que a dos testes rápidos que existem no mercado.
Diferentemente do exame sorológico, que ficou popularmente conhecido como “teste rápido” – no qual se detecta a presença de anticorpos de pessoas que já tiveram a Covid-19 –, o teste de antígeno viral identifica a doença na forma ativa e na fase de transmissão a partir da avaliação da presença da proteína Spike, localizada na coroa do vírus. O novo teste deve ser realizado no período entre o 2º e o 10º dia a partir do surgimento dos sintomas.
O diretor médico da Dasa Gustavo Campana explica que existem duas estratégias de testes que identificam o vírus: a detecção do material genético (RNA) feito pelo RT-PCR, considerado padrão-ouro, e a detecção da proteína Spike, pelo teste de antígeno viral. A empresa de diagnósticos, que no DF administra a rede Exame, é a responsável por trazer a nova tecnologia para o país.
O método empregado no teste já é usado para outras doenças infecciosas, como a H1N1, e, agora, foi adaptado para a Covid-19. O teste tem correlação de até 90% com o RT-PCR, mas sua sensibilidade ao vírus é menor, de 75%. Por isso, o ideal é que seja feito por pessoas sintomáticas.
“Ele é uma ferramenta que pode ser interessante se estou em ambiente hospitalar, com paciente suspeito e preciso fazer o direcionamento do isolamento intra-hospitalar. Dando positivo, tenho diagnóstico para a Covid-19. Sendo negativo – como ele tem uma sensibilidade um pouco menor – tenho uma suspeita clínica muito grande (presença de sintomas), e recomendo a realização do PCR”, explica Campana.
Uma das vantagens é que o exame aumenta a capacidade de testagem. “A gente ampliou muito a utilização de RT-PCR no país, mas continua tendo o desafio de crescer ainda mais”, avalia.
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